|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Músico do Rappa pedirá indenização ao Estado
DA SUCURSAL DO RIO
O percussionista do grupo O
Rappa, Paulo Sérgio Santos Dias,
21, o Paulo Negueba, entrará com
uma ação indenizatória contra o
Estado por ter sido baleado na
noite de sexta-feira, quando saía
de casa, na favela de Vigário Geral
(zona norte do Rio de Janeiro).
Segundo José Júnior, coordenador-executivo do grupo cultural
Afro Reggae (formado em 1993
após uma chacina deixar 21 mortos na favela), Negueba diz ter certeza de que foi atingido por tiros
dos policiais. O músico também
integra a banda Afro Reggae.
Na sexta, uma equipe do Bope
(Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar fez operação na favela. No sábado, a governadora Benedita da Silva (PT)
exonerou o comandante da unidade, coronel Venâncio Moura.
Em seu lugar assume o coronel
Sérgio Woolf Meinicke, 49.
"Apesar de a PM dizer que foi
atacada por traficantes, ele [Negueba" afirma que foi a polícia
que entrou atirando na favela.
Ouvi outros 80 jovens da comunidade e todos dizem a mesma coisa", afirmou José Júnior.
Segundo ele, Negueba não está
revoltado, mas indignado com o
incidente. "Ele disse à governadora [que visitou Negueba no sábado": A molecada está sendo exterminada por todos os lados, por
policiais e por bandidos."
Em nota enviada aos jornais, Júnior escreveu que policiais teriam
dito "Benedita mandou matar, a
gente está matando". Mas ele não
acredita que seja verdade. "Isso é
jogo político para atingi-la."
Negueba deve deixar a unidade
semi-intensiva hoje. Seu quadro é
estável.
(MHM e TF)
Texto Anterior: Assaltante foragido é detido com granadas Próximo Texto: Marilene Felinto: Candidatos da ignorância: Maluf, Collor, Rosinha Índice
|