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EDUCAÇÃO
Previsão era de R$ 288 mi
Custo de "escolões" de Marta cresce R$ 57 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo já
gastou até o momento R$ 57 milhões a mais que o previsto inicialmente nos contratos para a construção dos 21 CEUs (Centros Educacionais Unificados, conhecidos
como "escolões").
Com isso, o preço médio de cada um dos CEUs subiu de R$ 13,7
milhões para R$ 16,4 milhões.
Apenas com o aumento de custo
em cada um dos 21 "escolões", de
R$ 2,7 milhões em média, seria
possível construir duas escolas
municipais de ensino infantil,
com oito salas cada uma -para
cerca de 1.600 crianças no total.
Dos 21 "escolões", 17 já estão em
um estágio avançado e devem ser
entregues até meados do mês que
vem, o que significa que não deve
haver novos aditamentos.
Os outros quatro, que têm previsão de entrega só para janeiro
de 2004, ainda podem sofrer novos aumentos de gastos.
Localizados na periferia, os
CEUs são um dos principais trunfos da prefeita Marta Suplicy (PT)
para concorrer à reeleição no ano
que vem. Além das salas de aula,
os "escolões" contam com teatro,
piscinas, quadras e salas com
computadores. A estrutura poderá ser usada por escolas próximas.
Os R$ 57 milhões adicionais estão dentro do limite da Lei de Licitações, que prevê aumento de até
25% sobre o preço inicial. O valor
total do contrato com as seis empreiteiras era de R$ 288 milhões
-cada uma delas tem três ou
quatro CEUs. Até o momento,
com os R$ 57 milhões aditados, a
alta foi de 19,8%, na média.
A explicação da prefeitura
O diretor do Edif (departamento de edificações da prefeitura,
responsável pelas obras), Ademir
de Morais Mata, afirma que os aumentos de custo dos "escolões"
devem-se principalmente a problemas encontrados nos terrenos
e a mudanças nos projetos.
Ele cita o caso do CEU Butantã,
na zona oeste, onde havia um córrego que cruzava a área e teve de
ser canalizado, elevando o preço
da obra. Em outros, como o Rosa
da China (entregue no último domingo), o custo de fundação teve
de ser elevado, em razão da "péssima qualidade do terreno".
Como exemplo de mudanças de
projeto, Mata fala das alterações
nos teatros. Segundo ele, depois
de consultas às comunidades, foi
definida a construção de espaços
mais complexos, com poltronas e
ar-condicionado. Inicialmente, a
idéia era construir teatros de arena, que são mais baratos.
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