DA REPORTAGEM LOCAL

O promotor Wallace Paiva Martins Júnior, da Promotoria de Justiça da Cidadania, disse ontem que requisitará informações à Prefeitura de São Paulo sobre os gastos municipais com a campanha de publicidade para promover os CEUs (Centros Educacionais Unificados).
Ele recebeu ontem a investigação do Ministério Público Estadual sobre a legalidade da campanha, que veiculou anúncios sequenciais de quatro páginas inteiras nos principais jornais de São Paulo e que ainda veicula anúncios em redes de TV e de rádio.
Sob o compromisso de não terem seus nomes revelados, promotores disseram considerar estranho que a prefeitura faça propaganda dos CEUs, à medida que a demanda por ensino público e por equipamentos esportivos e culturais gratuitos supera a oferta.
A Secretaria de Comunicação da prefeitura não forneceu ontem à Folha as informações sobre as características e os custos da campanha. Anteontem, a secretaria havia informado que os dados estariam disponíveis ontem.
Mas o discurso mudou. Agora, a secretaria informa não ser possível dizer quanto custará a campanha em rádios e televisões porque ela ainda está em andamento. Seria feita uma avaliação diária do andamento da campanha e haveria negociações de preços.
Os jornalistas da secretaria dizem não saber quanto tempo durará a campanha e quais serão as características dos próximos anúncios. Em relação aos jornais, a secretaria diz que não pode informar o preço porque isso revelaria as negociações de descontos da prefeitura com os veículos. Apesar disso, a secretaria informa que, quando a campanha acabar e os funcionários do setor de publicidade tiverem concluído as contas, os dados serão divulgados.
O vereador Ricardo Montoro (PSDB) protocolou ontem requerimentos de convocação dos secretários José Américo (Comunicação Social) e Maria Aparecida Perez (Educação), para que eles prestem esclarecimentos à Câmara sobre os CEUs, inclusive sobre a campanha publicitária.


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