DA REPORTAGEM LOCAL

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) expedirá 80 cartas de esclarecimento a médicos que não aderiram ao boicote a seguradoras de saúde em curso na cidade de São Paulo.
"Não é constrangimento. Mas ele pode ser punido. O conselho só o fará se houver insistência, se percebemos que está tentando levar vantagem em relação aos outros", afirmou o presidente do Cremesp, Clóvis Constantino.
Para o presidente, alguns médicos podem não ter aderido por medo de retaliações.
Os 80 profissionais foram "denunciados" pelos colegas que aderiram ao movimento. O conselho pode punir até com cassação do registro aqueles que furarem movimentos definidos em assembléia, como o da capital.
Os médicos querem que as seguradoras incorporem classificação de procedimentos definida pelas entidades do setor que também prevê valores referenciais de remuneração.
Para pressionar as empresas, os médicos referenciados -aqueles que constam em catálogos das operadoras- estão cobrando diretamente do cliente o valor da consulta e seguido o valor-referência definido pela categoria (R$ 42). O cliente deve buscar o reembolso na empresa.
Normalmente, os profissionais que constam dos catálogos recebem das operadoras, de acordo com suas tabelas, mais baixas.

Carona
Segundo a Folha apurou, o governo estuda fazer um substitutivo a um projeto de lei que institui classificação de procedimentos médicos para incluir uma medida contra os aumentos de até 85% nos planos de saúde antigos -assinados antes de 1999.
Anteontem, a Câmara aprovou regime de urgência para a proposta do deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE) de implantação da classificação em todo o sistema de saúde suplementar. O ministro da Saúde, Humberto Costa, negou que a alternativa esteja em discussão. (FL)


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