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Estudante é atacada em Minas
RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A estudante de história Viviane
da Silva Gonzaga, 21, foi encontrada por volta das 22h de anteontem desmaiada e com uma corda
enrolada no pescoço, em um bosque da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), região onde há a suposta atuação de um
maníaco.
Viviane foi localizada por três
estudantes que cortavam caminho pelo bosque, localizado entre
a escola de música e o prédio da
reitoria. A jovem foi socorrida.
Estava em estado de choque e foi
liberada na manhã de ontem.
No momento da tentativa de
homicídio, o delegado Édson Moreira estava a poucos metros do
local. Ele faz curso de especialização na Faculdade de Filosofia e
Ciências Humanas, no mesmo
prédio onde Viviane estuda.
Moreira é o responsável pelas
investigações de mortes e desaparecimentos de mulheres ocorridos na região noroeste de Belo
Horizonte.
Desde fevereiro do ano passado,
pelo menos dez mulheres desapareceram (cinco foram encontradas assassinadas) na região.
Os casos relacionados com a
UFMG são o da vendedora Cíntia
Rosa de Castro, 23, que teve seu
corpo encontrado na mata da
universidade, e o da funcionária
pública Elizabeth Souza Pinheiro,
38, que foi vista pela última vez
nas dependências da instituição.
Viviane não sofreu violência sexual. Ela disse que saiu da sala de
aula por volta das 21h30 para pegar livros que ficaram dentro do
carro, no estacionamento da faculdade.
A estudante disse ter sentido
uma corda em volta do pescoço.
Um homem louro, com roupas
semelhantes a de motoqueiro, teria obrigado Viviane a rodar com
o carro pelo campus.
Perto do bosque, ele a mandou
parar e começou a estrangulá-la,
momento no qual ela teria perdido os sentidos.
De acordo com o diretor da Divisão de Vigilância da UFMG,
Mário Sérgio Brescia, a corda encontrada em volta do pescoço da
estudante é semelhante às utilizadas para amarrar bagagens em
motos.
"Houve uma tentativa de homicídio por asfixia. Nós suspeitamos
de quatro motoqueiros que estavam ontem na universidade. Eles
foram abordados por nossa segurança e pela Polícia Militar. Ainda
não sei se suas identidades foram
anotadas."
O delegado Moreira afirmou
que sua equipe pretendia ouvir
ainda ontem a estudante, para saber quais foram as circunstâncias
do crime.
Ele disse que não tinha, até as
17h, informações sobre os motoqueiros suspeitos. Descartou, a
princípio, ligação entre o caso de
Viviane e as demais ocorrências.
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