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Professor é suspeito do assassinato dos pais
DO "NOTÍCIAS POPULARES"
Foi encontrado morto anteontem, em casa, no Jardim Aurora
(zona norte), o casal de idosos Artur Justino da Silva, 82, e Luzia de
Sá Silva, 76. O principal suspeito
do crime é o professor de letras
aposentado Manoel Justino da
Silva, 51, filho do casal.
Artur e Luzia foram encontrados pelo filho mais velho, que, como não conseguia falar com eles
havia uma semana, decidiu ir à
casa dos pais.
Ele encontrou seu irmão, Manoel da Silva, dormindo no quarto ao lado com um martelo sujo
de sangue e pediu ajuda à PM e ao
delegado Hélio Edson de Souza
Júnior, do 20º DP (Água Fria).
Os policiais foram aos quartos e
descobriram que o casal tinha sido morto a golpes de martelo. Os
corpos já estavam em estado de
decomposição. O professor, que
cursou e lecionou história na
USP, dormia no quarto ao lado
quando a polícia chegou.
Artur da Silva estava com a roupa manchada de sangue. Sua mulher aparentemente não tinha sinais de violência, segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo a polícia, Manoel faz
tratamento psiquiátrico e sofre de
problemas mentais desde os 18
anos. O delegado Hélio de Souza
vai pedir a prisão temporária e
exame de sanidade mental do suspeito do crime.
Pesquisa
O assassinato do casal pelo filho
Manoel da Silva não é exceção
quando se analisa o perfil do
agressor de idosos em São Paulo.
Segundo pesquisa do Instituto
Brasileiro de Ciências Criminais
(IBCCRIM), quase 40% dos idosos que procuram a Delegacia de
Proteção ao Idoso em São Paulo
dizem ser vítimas dos próprios filhos ou netos.
A pesquisa foi feita com base em
1.559 boletins de ocorrência e
mostra também que outras pessoas da família respondem por
11% das queixas.
O segundo perfil de agressor
mais identificado são vizinhos
(20% das queixas). Ao todo,
73,3% dos casos registrados são
agressões ou ameaças de pessoas
conhecidas.
Segundo o IBCCRIM, as violências mais comuns contra os idosos são as ameaças de agressão
(26,9%), lesões corporais (12,5%),
calúnias e difamações (10,8%),
perturbação do sossego (6,6%) e
abandono material (6,3%).
As mulheres (57% dos casos)
são mais atingidas do que os homens (43%). A maior parte
(72,9%) dos casos acontece a partir dos 65 anos de idade.
Colaborou a Reportagem Local
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