São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 2002

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Desemprego é o segundo mais alto desde 1992

DA SUCURSAL DO RIO

O Brasil tinha, em 2001, 7,83 milhões de pessoas desempregadas, o que corresponde a uma taxa de desocupação de 9,4% da população, um pouco menor do que a medida pela Pnad anterior, de 1999 (9,6%).
O percentual de brasileiros sem trabalho, em 2001, é o segundo mais alto desde 1992, quando era de 6,5%. A taxa de ocupação ficou em 54,8%, menor do que a de 1999 (55,1%).
O quadro do mercado de trabalho fica ainda mais grave quando verifica-se o aumento da população de 10 anos ou mais de idade. A pequena alteração do número de pessoas ocupadas (1,4% ao ano de 1999 a 2001) foi menor que o crescimento anual da população economicamente ativa: 1,7%
Entre 1992 e 1995 a ocupação estava em torno de 57%, baixando para 55% a partir de 1996. "Houve uma retração a partir de 1996, e o mercado não conseguiu se recuperar", disse a chefe do departamento de emprego e rendimento do IBGE, Vandeli Guerra.
Na avaliação do economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a geração de empregos no país foi suficiente apenas para cobrir o crescimento vegetativo da população. "Esses empregos gerados não foram capazes de diminuir a pobreza no Brasil."
A parcela de pessoas que trabalham sem carteira assinada não se alterou no período de dois anos, ficando em 38,9% entre os brasileiros ocupados (incluindo todos os empregados e trabalhadores domésticos). São 18,22 milhões de pessoas nessas condições.
Se forem considerados somente os trabalhadores empregados, esse percentual passou de 33,7%, em 1999, para 33,9%, em 2001. O índice é o mais alto desde 1992 (31,7%).


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