São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 2002

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Mulher recupera espaço no mercado de trabalho

DA SUCURSAL DO RIO

A escolaridade crescente da mulher tem contribuído para o aumento de sua participação no mercado de trabalho e para o crescimento de seu rendimento mensal médio em relação ao do homem.
Segundo dados da Pnad, o percentual de homens de dez anos ou mais ocupados sofreu uma queda entre 1995 e 1996 (de 71,3% para 69%) e, a partir de então, não mais recuperou o patamar do início da década passada, que ficava entre 71% e 72%.
O resultado é a grande diferença entre a parcela de homens ocupados nos anos de 1992 e 2001: 72,4% e 67,4%, respectivamente.
Esse fenômeno não se repete entre as mulheres. Apesar de o percentual de mulheres ocupadas também ter sofrido uma redução entre 1995 e 1996 (de 44,6% para 41,9%), o movimento é de recuperação já a partir do ano seguinte.
Como consequência, no ano passado o percentual de mulheres que trabalhavam era de 43,1%, muito próximo do registrado em 1992: 43,4%.
Um dos fatores que podem estar influenciando essa diferenciação na reinserção no mercado de trabalho é a crescente escolarização da mulher nos últimos anos.
De acordo com a Pnad, no ano passado, a proporção de mulheres com 11 anos ou mais de estudo (pelo menos o ensino médio completo) era bem superior à dos homens: 35,1% contra 24,6%.
Essa diferença tem se acentuado nos últimos dez anos. Em 1992, por exemplo, 15,9% dos homens que trabalhavam tinham completado, pelo menos, o ensino médio, enquanto 22,4% das mulheres estavam na mesma situação.
A pesquisa também mostra o aumento do rendimento mensal médio feminino em relação ao início da década passada, quando ele ficava entre R$ 329 e R$ 344. Entre 1992 e 2001, o crescimento foi de 42,55%. O valor do ano passado, R$ 469, entretanto, é menor que o de 1999, R$ 471, e o mais baixo desde 1996.
A remuneração pelo trabalho feminino continua sendo inferior. Ela representava, no ano passado, 69,6% do rendimento masculino. Essa diferença, no entanto, vem diminuindo de forma bastante acelerada nos últimos anos. Em 1992, se um homem ganhasse, em média, R$ 100 por seu trabalho, a mulher receberia R$ 61,6. Hoje, esse valor seria de R$ 69,6. (SP)


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