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VIOLÊNCIA
Auxiliar estava em cela da PF
Em nota, ONG pede "isenção" em inquérito
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Em nota oficial publicada em sua página na internet, o grupo de
direitos humanos Tortura Nunca Mais exige "transparência e isenção" nas investigações sobre a morte do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu, no último domingo.
Abreu morreu após ser mantido durante a madrugada na carceragem da Superintendência da PF (Polícia Federal) no Rio.
Assinada pela presidente do
Tortura Nunca Mais, Elizabeth
Silveira e Silva, a nota informa
que em 1996, na mesma superintendência, morreu o ex-petroleiro
Carlos Abel.
Seis anos depois, nenhum responsável foi punido, diz a nota,
"apesar de os fatos terem sido amplamente divulgados por entidades de direitos humanos, constando, inclusive, como um dos casos exemplares de tortura citados
no "Relatório sobre Tortura no
Brasil", de 2001, elaborado pelo relator especial para tortura da
ONU, sir Nigel Rodley".
O Tortura Nunca Mais anunciou que planeja encaminhar documentos sobre a morte do auxiliar de cozinha à ONU.
O Serviço de Comunicação Social da superintendência divulgou
anteontem nota em que informa
sobre a instauração de inquérito
para apurar a morte de Abreu.
Ontem, o órgão informou que
não havia informações novas sobre o inquérito.
Abreu morreu vítima de traumatismo craniano no Hospital
Souza Aguiar, para onde foi levado depois de ter passado a madrugada de domingo na carceragem da PF. Ele era apontado como um dos assassinos do agente
da PF Gustavo Frederico Moreira,
morto na véspera.
O agente foi assassinado ao lado
de uma lanchonete na esquina da
avenida Rio Branco com a rua
Teófilo Otoni, no centro.
Ele estava de plantão na Delegacia de Dia da PF quando foi à lanchonete, onde teria sido abordado por três assaltantes (um deles seria o auxiliar de cozinha) e foi morto em tiroteio.
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