da Sucursal de Brasília

O documento preparado pela OMS traz duas recomendações que deveriam ser adotadas prioritariamente pelo Ministério da Saúde. A principal delas é o ministério encontrar formas de garantir recursos fixos para a compra dos kits de testagem e dos medicamentos para tratamento da malária.
Neste ano, Serra teve de pedir suplementação orçamentária ao Congresso para que não faltassem medicamentos contra a malária e a Aids nos próximos meses.
"Não pode haver interrupção no tratamento da malária de jeito nenhum, porque, nesses casos, o parasita pode desenvolver resistência ao medicamento. E aí os riscos aumentam muito", alerta Catão.
Segundo o documento, o governo brasileiro deve dar prioridade ao combate à malária. Entretanto, até 30 de setembro passado, nenhum centavo dos R$ 8,6 milhões que estavam previstos no "Brasil em Ação" para a drenagem em áreas endêmicas de malária havia sido liberado.

Vacina
Outra recomendação é que o governo brasileiro invista em pesquisa para descobrir vacina contra a malária.
"A malária é uma doença que praticamente só atinge países do Terceiro Mundo. Por isso, não há tanto interesse das nações ricas em gastar dinheiro com o desenvolvimento da vacina", diz.
Outro problema que torna urgente a descoberta de uma vacina é que o uso indiscriminado de inseticidas químicos está fazendo com que os mosquitos adquiram resistência ao veneno.
A OMS já listou 51 espécies de mosquitos anofelinos resistentes a um ou mais tipos de inseticidas.
A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium, e ocorre principalmente em regiões tropicais.
Ela é transmitida por picadas do mosquito anofelino, que existe em abundância em regiões de floresta. Há dois tipos de malária no Brasil: a mais branda, causada pelo protozoário Plasmodium vivax, é benigna e responde por 70% dos casos registrados no país.
Já a malária causada pelo Plasmodium falciparum pode matar e atinge 30% dos infectados.
Os principais sintomas da doença são febre alta, calafrios, tremores, dores de cabeça e dores nas juntas. Ela causa anemia, enfraquecimento geral e, se não for diagnosticada a tempo, lesões nos órgãos infectados (baço, fígado e medula óssea).


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