São Paulo, terça, 13 de outubro de 1998

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Escola ajuda a desmanchar mito

do enviado especial

A tentativa de desmanche do mito do "homem machista" já está acontecendo em algumas escolas antes mesmo que as crianças aprendam na cartilha o que é gênero. Na maioria das vezes, esse desmontar de conceitos e atribuições vem ocorrendo pelas mãos e pelos exemplos das mulheres.
Em São Paulo, a Ecos, uma ONG dedicada a estudos e comunicação em sexualidade e reprodução humana, vem há dez anos trabalhando com a questão do masculino e do feminino em escolas.
Uma das receitas empregadas é dar a vez às crianças e adolescentes para que façam as suas perguntas e dividam as suas preocupações, afirma a socióloga Rosana Gregori, que implanta o trabalho da Ecos em várias escolas, inclusive religiosas. Os resultados estão sendo apresentados no encontro do México.
Ao compartilhar dúvidas e ansiedades, os meninos lidarão melhor com a pressão do grupo e da família, tenderão a se sentir menos cobrados e sofrerão menos com a possibilidade de ver seu desempenho avaliado.
Entre outras consequências, estarão mais relaxados e não se atrapalharão tanto com uma camisinha.
Convidados a perguntar, os meninos revelam dados que ajudam a explicar seu comportamento futuro. Os menores, por exemplo, se colocam como se o sexo e suas variações fossem prática cotidiana e seu pênis tão grande que pode causar danos às mulheres. (AB)


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