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Escola ajuda a desmanchar mito
do enviado especial
A tentativa de desmanche do mito do "homem machista" já está
acontecendo em algumas escolas
antes mesmo que as crianças
aprendam na cartilha o que é gênero. Na maioria das vezes, esse
desmontar de conceitos e atribuições vem ocorrendo pelas mãos e
pelos exemplos das mulheres.
Em São Paulo, a Ecos, uma ONG
dedicada a estudos e comunicação
em sexualidade e reprodução humana, vem há dez anos trabalhando com a questão do masculino e
do feminino em escolas.
Uma das receitas empregadas é
dar a vez às crianças e adolescentes
para que façam as suas perguntas e
dividam as suas preocupações,
afirma a socióloga Rosana Gregori, que implanta o trabalho da
Ecos em várias escolas, inclusive
religiosas. Os resultados estão sendo apresentados no encontro do
México.
Ao compartilhar dúvidas e ansiedades, os meninos lidarão melhor com a pressão do grupo e da
família, tenderão a se sentir menos
cobrados e sofrerão menos com a
possibilidade de ver seu desempenho avaliado.
Entre outras consequências, estarão mais relaxados e não se atrapalharão tanto com uma camisinha.
Convidados a perguntar, os meninos revelam dados que ajudam a
explicar seu comportamento futuro. Os menores, por exemplo, se
colocam como se o sexo e suas variações fossem prática cotidiana e
seu pênis tão grande que pode
causar danos às mulheres.
(AB)
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