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Mãe ainda não crê
na participação do
filho nos crimes
DA REPORTAGEM LOCAL
A mãe do menor acusado
de participação nos assassinatos de Felipe Caffé e Liana
Friedenbach ainda não consegue acreditar que seu filho
tenha cometido os crimes.
"Eu estou sem acreditar
até agora, a gente escuta sim
[que o filho participou dos
crimes], mas não acredita",
disse Maria das Graças, 42,
ontem à tarde, em sua casa.
A família mora em Santa
Rita, lugarejo a poucos quilômetros do local em que o
casal foi assassinado. A reportagem chegou à casa de
Maria das Graças no momento em que uma ambulância trazia o pai do menor
da fisioterapia -ele sofreu
um derrame há dois meses.
A mãe disse que R.A.A.C. a
ajudava na roça desde os dez
anos. Apesar de seu filho, na
versão da polícia, ser conhecido na região por praticar
até um suposto assassinato,
Maria das Graças falou que
nunca ouviu nada sobre isso.
"Não saio de dentro de casa. Minha vida é essa, só vivo
trabalhando. Pode perguntar, que não sou de andar em
casa de vizinho nenhum.
Gosto de ficar dentro da minha casa, sossegada." A Febem informou que ele nunca
passou pela instituição.
A mãe do jovem, chamado
pelo pai desde pequeno de
Xampinha, disse que ele gostava muito de andar a cavalo
e estudou só até a terceira série do ensino fundamental.
"Era bom de matemática."
Por seu relato, Xampinha
teve uma convulsão aos 14
anos, quando teria de receber remédios. Mas, segundo
ela, o menor se recusava.
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