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São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003

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Cidade só teve mulher no poder


DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Em Casinhas, quem manda é a mulher. Nesse caso, a prefeita Maria Rosineide Araújo Barbosa (PSDB), 41. Ela é a única pessoa até hoje a administrar o município. Emancipado em 1995, Casinhas (140 km de Recife) elegeu Barbosa duas vezes consecutivas.
Nas duas eleições ela derrotou a mesma pessoa -um homem. Para muitos, foi um feito, levando-se em conta o perfil machista de uma cidade do interior nordestino com 13.345 habitantes, sendo 11.920 na zona rural.
Casada com um vereador da cidade, Antonio Araújo (PMDB), e mãe de duas filhas, a prefeita é enfermeira, profissão que exerceu por três anos antes de optar pela carreira política.
Para ela, governar é como cuidar dos problemas de casa. "Tem que ter sensibilidade, ser dura quando necessário e não gastar nunca mais do que ganha."
Barbosa diz que não se surpreende com a informação de que as regiões Norte e Nordeste têm, proporcionalmente, o maior número de prefeitas do país.
"São regiões sofridas", afirma. "As pessoas, nessa situação, vêem nas mulheres condições para enfrentar os problemas sociais", diz.
Sem direito a concorrer a um terceiro mandato, Barbosa diz que ainda estuda nomes para sua sucessão. "Pode ser homem, pode ser mulher", despista. Há rumores, entretanto, de que, a partir de 2005, a prefeita quer ver um homem mandando em Casinhas: seu marido. (FÁBIO GUIBU)


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