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Cidade só teve mulher no poder
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Em Casinhas, quem manda é a
mulher. Nesse caso, a prefeita Maria Rosineide Araújo Barbosa
(PSDB), 41. Ela é a única pessoa
até hoje a administrar o município. Emancipado em 1995, Casinhas (140 km de Recife) elegeu
Barbosa duas vezes consecutivas.
Nas duas eleições ela derrotou a
mesma pessoa -um homem. Para muitos, foi um feito, levando-se
em conta o perfil machista de
uma cidade do interior nordestino com 13.345 habitantes, sendo
11.920 na zona rural.
Casada com um vereador da cidade, Antonio Araújo (PMDB), e
mãe de duas filhas, a prefeita é enfermeira, profissão que exerceu
por três anos antes de optar pela
carreira política.
Para ela, governar é como cuidar dos problemas de casa. "Tem
que ter sensibilidade, ser dura
quando necessário e não gastar
nunca mais do que ganha."
Barbosa diz que não se surpreende com a informação de que
as regiões Norte e Nordeste têm,
proporcionalmente, o maior número de prefeitas do país.
"São regiões sofridas", afirma.
"As pessoas, nessa situação, vêem
nas mulheres condições para enfrentar os problemas sociais", diz.
Sem direito a concorrer a um
terceiro mandato, Barbosa diz
que ainda estuda nomes para sua
sucessão. "Pode ser homem, pode
ser mulher", despista. Há rumores, entretanto, de que, a partir de
2005, a prefeita quer ver um homem mandando em Casinhas:
seu marido.
(FÁBIO GUIBU)
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