São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 2001
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Primeira noite do festival foi "família"
CRISTINA GRILLO DA SUCURSAL DO RIO Pais quarentões de cabelos pintados de verde, amarelo e azul incentivavam os filhos adolescentes a acompanhá-los na mania surgida na primeira noite do Rock in Rio -passar pelos sprays coloridos usados pelos jovens contratados para colorir os corpos do público. Foi a "noite família" do Rock in Rio. Além da mania dos sprays coloridos, tinha a de usar o telefone celular para narrar o show para quem estava em casa. As cangas de praia foram um item obrigatório na noite. Mais precavido, o casal Adriana Figueiredo e Vicente Barcellos, diretor de novelas da TV Globo, trouxe um sleeping bag em que o casal abrigava os dois filhos, Mariana, 12, e Gabriel, 6. Também havia personagens estranhos. Vestido com uma longa bata negra, d. Carlos 2º anunciava ser bispo da Igreja Católica Brasileira e percorria a Cidade do Rock com Xuxete Holiday, um transformista que estava vestido de noiva. "Nossa igreja acolhe gays, lésbicas. Abrimos espaço para tudo", disse o bispo, suando muito sob o sol ainda forte às 17h. Mas precisavam vir vestidos daquele jeito naquele calor? "Claro! Quando a gente quer aparecer, a gente faz qualquer coisa", disse Xuxete Holiday. Diante da noiva transformista, o índio norte-americano Wyllee LaRocque, da tribo Chippewa, até chamava pouca atenção -mesmo com seus quase dois metros de altura e seu imenso cocar. LaRocque veio ao Rio participar dos eventos na tenda Por um Mundo Melhor. E diz ter aprendido bastante. "Vocês aqui não têm medo ou vergonha de sorrir, beijar e abraçar. Quando voltar, vou ensinar isso para o meu povo." Texto Anterior: Rock in Rio: Axl, o exibido, brinca de popstar o tempo todo Próximo Texto: Crítica: Abertura imola Beatles e leva público à grama Índice |
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