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MEC reduz em 300 mil a meta de atendidos pelo Brasil Alfabetizado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sete meses após o lançamento
oficial no Palácio do Planalto, o
programa Brasil Alfabetizado será reformulado para os novos
contratos a serem firmados até junho. Com isso, aumenta o prazo
do curso de seis para oito meses e
cai a meta de alunos a serem alfabetizados com recursos do Ministério da Educação em 2004 -de
1,9 milhão para 1,6 milhão.
O repasse a Estados e municípios também passa a ser prioridade, reduzindo o total de recursos
da União para organizações não-governamentais e universidades.
O Orçamento do projeto para este
ano é de R$ 180 milhões.
Essas mudanças foram apresentadas ontem a prefeitos e representantes de municípios pelo secretário da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
do MEC, Ricardo Henriques.
Por outro lado, o secretário ouviu reclamações, principalmente
relacionadas ao atraso no repasse
de restos a pagar de 2003. De acordo com Henriques, o pagamento
está sendo negociado com o Ministério da Fazenda, mas não há
resposta ao pedido de liberação.
Desde que assumiu o Ministério
da Educação, no início deste ano,
Tarso Genro já havia anunciado
que modificaria o programa.
Segundo Henriques, a redução
da meta de atendidos para este
ano foi definida para priorizar a
qualidade do programa. Mas o
governo espera que outro 1,6 milhão de alunos seja alfabetizado
com apoio da iniciativa privada.
Em 2003, o MEC contabilizou
3,25 milhões de jovens e adultos
em processo de alfabetização no
programa, sendo 1,9 milhão com
recursos da União.
A forma de pagamento do programa também mudou. Os alfabetizadores, que recebiam R$ 15
por aluno alfabetizado (com o
máximo de 25 alunos por turma),
passam a receber um valor fixo de
R$ 120, mais R$ 7 por estudante.
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