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ACIDENTE
Mulher morta foi atingida quando estava na calçada
Ônibus desgovernado mata 1, fere 8 e derruba sinal na zona oeste
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma mulher morreu e oito pessoas ficaram feridas em um acidente com um ônibus desgovernado, na manhã de ontem, na rua
Heitor Penteado, no Sumarezinho (zona oeste de São Paulo).
A auxiliar de escritório Célia
Guglielmi Fernandes, 44, estava
ao lado de um semáforo para pedestres esperando para atravessar
quando o motorista Diran Soares
Pereira, 43, perdeu o controle do
veículo, que subiu na calçada e a
atingiu. No impacto, o poste com
o semáforo foi arrancado do chão.
Fernandes, que era casada e
mãe de dois filhos, morava em
São Bernardo do Campo (Grande
SP). Ontem de manhã, ela fazia
um serviço próximo ao local do
acidente. As outras oito vítimas
estavam no ônibus e foram encaminhadas à Santa Casa de Misericórdia e ao pronto-socorro da Lapa com ferimentos leves.
A principal hipótese da polícia é
que o eixo do ônibus, que fazia a
linha 775N (Metrô Vila Mariana/
Rio Pequeno), tenha quebrado. O
estudante Daniel Marques, 18,
disse que lia um livro no ônibus
quando sentiu um solavanco e teve a impressão de que o veículo ia
tombar para a esquerda. Foi
quando Pereira virou o veículo
para a direita e subiu na calçada.
No instante, a aposentada Dirce
de Carvalho, 55, olhou pela janela
de seu apartamento para ver como estava o trânsito. "Vi a moça
olhando para a direita, esperando
o sinal fechar. Se olhasse para o
outro lado, poderia ter pulado para longe. O ônibus veio para cima.
Ela deve ter morrido na hora. Depois, o motorista desceu, sentou
do lado dela e começou a chorar."
Segundo ela, os veículos costumam passar em alta velocidade,
apesar da placa que restringe a velocidade a 50 km/h, e atropelamentos são freqüentes no local,
próximo à rua Oscar Caravelas.
Para o estudante Bruno Walter
Caporrino, 21, e o funcionário público Rodrigo Carminati, 24, que
estavam no ônibus, o condutor
não teve culpa e a causa do acidente foi a falta de manutenção
no veículo, que é de 1994 e pertence à viação Santa Madalena.
Se a perícia confirmar que a
quebra do eixo foi a causa do acidente, a viação pode responder
por homicídio culposo (sem intenção de matar). Caso contrário,
o motorista deve ser indiciado. O
laudo deve ser concluído entre 30
e 40 dias. A Folha tentou ouvir a
viação ontem, mas funcionários
da portaria disseram que os responsáveis não estavam no local.
Colaborou o "Agora"
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