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Rubens Barrichello cala a boca dos críticos
BARBARA GANCIA
Colunista da Folha
No último domingo, no quintal de casa e diante do seu público, Rubinho Barrichello calou a boca de meio mundo.
Alô, pessoal do "Casseta e
Planeta", que chama o piloto
de "Burrinho"! Alô, todos os
leitores que já me escreveram
para dizer que só falo bem do
Barrichello porque ele seria
meu amigo! Primeiro: não sou
amiga do showman do GP Brasil de 1999. Se apertei a mão dele, no máximo, três vezes na vida, sempre por motivos profissionais, foi muito.
Segundo: como venho afirmando neste espaço há mais de
seis anos, Rubinho provou domingo que está entre os três ou
quatro melhores pilotos da
Fórmula 1 atual.
Ou será que um pé-de-breque
qualquer conseguiria andar na
frente dos dois melhores pilotos
da atualidade, Michael Schumacher e Mika Hakkinen, durante um terço da corrida e
com um carro bem inferior?
Em Interlagos, Rubinho virou
uma página de sua carreira: de
um bom piloto de F-1, que sempre andou na frente de seus
companheiros de equipe, ele
passou a ser cotado em outra
moeda: a de campeão mundial
em potencial.
Pode recortar e guardar esta
coluna, leitor que foi mimado
pelos oito títulos mundiais conquistados por brasileiros e que
se frustra pela falta de vitórias
desde a morte de Ayrton Senna.
Em, no máximo, cinco anos,
Rubens Barrichello irá trazer
novamente o título de campeão
mundial para o Brasil. Escreva.
E, este ano, se tiver um pouco
de sorte, periga ganhar uma
corrida. Afinal, Barrichello é
páreo para dois campeões
mundiais, Damon Hill e Jacques Villeneuve, e é capaz de
andar mais do que qualquer
Frentzen, Alesi, Fisichella,
Wurz ou Irvine da vida.
Arrisco dizer ainda que, daqui a cinco anos, se Hakkinen e
Schummy já tiverem pendurado as sapatilhas, o único que
poderá rivalizar com nosso
brazuca é o francês Olivier Panis, outro talento fora de série.
Aos 19 anos, Rubens Barrichello tornou-se o mais jovem
piloto a ser contratado por
uma equipe de F-1 na história
da categoria.
Emerson Fittipaldi, o mais jovem campeão mundial de F-1
de todos os tempos, tinha 25
anos quando conquistou o título em Monza.
Com seus atuais 26 anos, Rubinho já tem 99 grandes prêmios nas costas.
É preciso dizer mais?
QUALQUER NOTA
Sensacionalismo
Vergonhosa pela apresentação,
parcialidade e falta de conhecimento a reportagem publicada na
"Veja" desta semana, sugerindo a
pena de morte para cães de grande
porte. Enquanto a população for
mal-informada, a violência continuará a vencer a parada.
Pisando em ovos
A Telefônica não quis confiar na
sorte: só aprovou as 450 linhas instaladas em Interlagos para o GP
depois que o presidente mundial
da empresa, Juan Villalonga
(aquele que não dá entrevistas), fez
uma vistoria nas instalações.
Nova moda
Um poodle de nome Brisa foi sequestrado em Minas. O valor do
resgate exigido pelos sequestradores é de R$ 100 mil. Só falta agora
cobrar em dólar para libertar guarda-chuva roubado.
E-mail: barbara@uol.com.br
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