São Paulo, Quarta-feira, 14 de Abril de 1999
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Rubens Barrichello cala a boca dos críticos

BARBARA GANCIA
Colunista da Folha

No último domingo, no quintal de casa e diante do seu público, Rubinho Barrichello calou a boca de meio mundo.
Alô, pessoal do "Casseta e Planeta", que chama o piloto de "Burrinho"! Alô, todos os leitores que já me escreveram para dizer que só falo bem do Barrichello porque ele seria meu amigo! Primeiro: não sou amiga do showman do GP Brasil de 1999. Se apertei a mão dele, no máximo, três vezes na vida, sempre por motivos profissionais, foi muito.
Segundo: como venho afirmando neste espaço há mais de seis anos, Rubinho provou domingo que está entre os três ou quatro melhores pilotos da Fórmula 1 atual.
Ou será que um pé-de-breque qualquer conseguiria andar na frente dos dois melhores pilotos da atualidade, Michael Schumacher e Mika Hakkinen, durante um terço da corrida e com um carro bem inferior?
Em Interlagos, Rubinho virou uma página de sua carreira: de um bom piloto de F-1, que sempre andou na frente de seus companheiros de equipe, ele passou a ser cotado em outra moeda: a de campeão mundial em potencial.
Pode recortar e guardar esta coluna, leitor que foi mimado pelos oito títulos mundiais conquistados por brasileiros e que se frustra pela falta de vitórias desde a morte de Ayrton Senna. Em, no máximo, cinco anos, Rubens Barrichello irá trazer novamente o título de campeão mundial para o Brasil. Escreva.
E, este ano, se tiver um pouco de sorte, periga ganhar uma corrida. Afinal, Barrichello é páreo para dois campeões mundiais, Damon Hill e Jacques Villeneuve, e é capaz de andar mais do que qualquer Frentzen, Alesi, Fisichella, Wurz ou Irvine da vida.
Arrisco dizer ainda que, daqui a cinco anos, se Hakkinen e Schummy já tiverem pendurado as sapatilhas, o único que poderá rivalizar com nosso brazuca é o francês Olivier Panis, outro talento fora de série.
Aos 19 anos, Rubens Barrichello tornou-se o mais jovem piloto a ser contratado por uma equipe de F-1 na história da categoria.
Emerson Fittipaldi, o mais jovem campeão mundial de F-1 de todos os tempos, tinha 25 anos quando conquistou o título em Monza.
Com seus atuais 26 anos, Rubinho já tem 99 grandes prêmios nas costas.
É preciso dizer mais?

QUALQUER NOTA

Sensacionalismo
Vergonhosa pela apresentação, parcialidade e falta de conhecimento a reportagem publicada na "Veja" desta semana, sugerindo a pena de morte para cães de grande porte. Enquanto a população for mal-informada, a violência continuará a vencer a parada.

Pisando em ovos
A Telefônica não quis confiar na sorte: só aprovou as 450 linhas instaladas em Interlagos para o GP depois que o presidente mundial da empresa, Juan Villalonga (aquele que não dá entrevistas), fez uma vistoria nas instalações.

Nova moda
Um poodle de nome Brisa foi sequestrado em Minas. O valor do resgate exigido pelos sequestradores é de R$ 100 mil. Só falta agora cobrar em dólar para libertar guarda-chuva roubado.

E-mail: barbara@uol.com.br


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