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Sexo oral é porta para DSTs
da Reportagem Local
Consenso médico internacional considera o sexo oral como
prática de risco para a transmissão do HIV. No Brasil, não
há caso comprovado. "Na Europa e nos EUA, foram registrados algumas contaminações
pelo sexo oral", afirma André
Lomar, da Sociedade Pan Americana de Infectologia.
A dificuldade em se quantificar o risco é explicável, pois
quase não há registro de pessoas que praticam exclusivamente sexo oral.
"Se há ferimentos na boca e
no pênis, a contaminação pode
ocorrer para o homem ou para
a mulher", diz Leda Jamal, do
Programa Estadual de Aids.
Os riscos para a Aids aumentam na medida em que várias
doenças podem ser transmitidas pelo sexo oral. Wong Kuen,
infectologista do programa de
DST-Aids, cita a sífilis, a gonorréia, a herpes genital e labial, os
triconomas -infecções por
fungos e parasitas-, e as hepatites A e B. Também há risco
para o HPV, vírus que na mulher pode pode provocar o câncer de colo do útero. "O sexo
oral desprotegido perpetua a
transmissão", diz Wong.
Nessa ciranda de contaminações, a mulher é a maior vítima,
afirmam os médicos. Segundo
estudos, diferenças fisiológicas
fazem com que ela corra até 15
vezes mais risco que um homem. Como profissional do sexo, e com alta rotatividade de
clientes, a mulher fica ainda
mais exposta a contaminações.
No Estado de São Paulo existem cerca de 18 mil mulheres
doentes de Aids para 60 mil homens. Entre os casos atualmente notificados, no entanto, a
proporção entre homem e mulher já está em dois para um.
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