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SAÚDE
Grevistas dizem que reajuste de 30% é viável
DA REPORTAGEM LOCAL
Servidores da saúde do Estado
de São Paulo entram hoje no
quinto dia de greve divulgando
um estudo pelo qual o governo
Geraldo Alckmin (PSDB) teria
condições financeiras de conceder o aumento de 30% reivindicado pela categoria.
Incluindo adesões de pequenas
unidades, a paralisação atinge
agora 25 hospitais e 22 centros de
saúde na capital e no interior. São
cerca de 35 mil funcionários de
braços cruzados que pedem, além
do reajuste, regulamentação da
jornada de 30 horas e novos concursos públicos.
Pelos cálculos do sindicato do
setor, o SindSaúde, o sinal amarelo disparado ainda em 2003 nas finanças da administração estadual
já pode ser desligado -e o reajuste, negociado.
Usando dados oficiais do Estado, eles chegaram à conclusão de
que houve um aumento de 1,34%
nas receitas correntes nos três primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de
2003. Seria o suficiente para cobrir os R$ 512 milhões de despesas geradas pelo reajuste de 30%.
"No ano passado o funcionalismo estadual ganhou reajuste de
8,29%. Só que na área da saúde
nós só recebemos a metade disso", afirma Angelo D'Agostini Jr.,
diretor executivo do SindSaúde.
A Secretaria da Saúde reafirma
que vem negociando com o SindSaúde desde o ano passado, mas
que um possível aumento só poderá ser analisado no fim de maio,
quando será concluída avaliação
da receita do Estado.
Hoje, a administração está no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal e compromete 48,01% da receita com a folha de pagamento dos servidores,
o que inviabiliza legalmente qualquer reajuste, justifica a assessoria
de imprensa da secretaria.
A Secretaria da Fazenda admite
que há uma tendência de melhoria, mas que o cálculo do SindSaúde não é correto porque utiliza
um período isolado que não necessariamente representa com
precisão a evolução financeira
dos cofres estaduais.
Hoje, funcionários do Hospital
das Clínicas devem decidir se
apóiam ou não a greve.
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