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MEC congela
abertura de
novos cursos
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após interromper temporariamente a abertura de cursos de direito e medicina para criar regras
mais rígidas, o Ministério da Educação suspendeu ontem, por 180
dias, o recebimento de pedidos de
credenciamento de novas instituições de ensino superior e de
autorizações de novos cursos de
graduação e seqüenciais.
Durante este período, o MEC
analisará os 2.534 pedidos de autorizações de novos cursos e 925
solicitações de credenciamento
que já estão tramitando. No total,
há 8.622 processos no ministério.
Terá prioridade na avaliação o
pedido do curso que contribuir
para reduzir desigualdades regionais e sociais. Isso vale para todos,
inclusive direito e medicina, que
tinham autorizações suspensas.
Outra novidade: cursos de direito de instituições públicas e particulares já em funcionamento terão até 60 dias para informar ao
MEC os nomes, titulação, regime
de trabalho, endereço e documentos dos professores contratados. Com isso, o governo saberá
se um professor apenas consta no
corpo docente de uma instituição,
mas não dá aulas no local.
As novas medidas estão em
quatro portarias publicadas no
"Diário Oficial" da União. As regras para criação de cursos não
valem para universidades. As exceções são cursos de direito, medicina, psicologia e odontologia e
os criados fora da sede.
Uma das portarias estabelece
ainda a Secretaria de Educação
Superior como o órgão responsável pela regulação do setor e determina a criação de um comitê
técnico de coordenação.
Dirigentes de entidades que representam instituições de ensino
superior dizem que a suspensão
temporária do protocolo pode
acumular pedidos no MEC.
"Quando abrir novamente, será
uma avalanche de pedidos", disse
o presidente da Abmes (Associação Brasileira de Mantenedores
de Educação Superior), Édson
Franco. Para o diretor-executivo
da (Associação Nacional das Universidades Particulares), José
Walter Pereira dos Santos, a suspensão já ocorreu outras vezes e
não trouxe bons resultados. "Só
não queremos que seja imposto
às instituições, e sim discutido."
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