São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2004

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"Tudo leva a crer que meu filho foi torturado"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A suspeita de tortura praticada por policiais aflige desde agosto do ano passado a costureira aposentada Nésia Rodrigues Teixeira, 63. No dia 26 daquele mês, o filho dela morreu após ser detido pela Polícia Civil, por causa de uma discussão com um aposentado no centro de Belo Horizonte.
"Infelizmente, tudo leva a crer que meu filho foi torturado", disse ela. Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia de Minas Gerais, duas testemunhas disseram que o auxiliar de cozinha Anderson Rodrigues Teixeira, 31, foi violentamente imobilizado por policiais e começou a se sentir mal ainda na rua.
De acordo com as testemunhas, os policiais não prestaram socorro ao rapaz e o mantiveram no local por cerca de 40 minutos, período em que ele teria permanecido agonizando, sendo depois levado a uma unidade policial.
Quando foi encaminhado ao pronto-socorro, Teixeira já estava morto, conforme informaram médicos e funcionários do hospital, em depoimento à Comissão. As testemunhas também relataram que mais de dez policiais, inclusive delegados, invadiram o hospital, forçando a liberação do corpo, antes da autorização da família.


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