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"Tudo leva a crer que meu filho foi torturado"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A suspeita de tortura praticada por policiais aflige desde
agosto do ano passado a costureira aposentada Nésia Rodrigues Teixeira, 63. No dia 26 daquele mês, o filho dela morreu
após ser detido pela Polícia Civil, por causa de uma discussão
com um aposentado no centro
de Belo Horizonte.
"Infelizmente, tudo leva a
crer que meu filho foi torturado", disse ela. Em depoimento
à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia de Minas
Gerais, duas testemunhas disseram que o auxiliar de cozinha
Anderson Rodrigues Teixeira,
31, foi violentamente imobilizado por policiais e começou a
se sentir mal ainda na rua.
De acordo com as testemunhas, os policiais não prestaram socorro ao rapaz e o mantiveram no local por cerca de 40
minutos, período em que ele
teria permanecido agonizando,
sendo depois levado a uma
unidade policial.
Quando foi encaminhado ao
pronto-socorro, Teixeira já estava morto, conforme informaram médicos e funcionários
do hospital, em depoimento à
Comissão. As testemunhas
também relataram que mais de
dez policiais, inclusive delegados, invadiram o hospital, forçando a liberação do corpo, antes da autorização da família.
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