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RIO
Cessão faz parte de programa do Ministério das Cidades para regularizar favelas
Famílias recebem área da Marinha
MAURÍCIO THUSWOHL
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro das Cidades, Olívio
Dutra, e a Prefeitura do Rio assinaram ontem na favela Parque
Royal (Ilha do Governador, zona
norte) o primeiro contrato do
Programa Nacional de Apoio à
Regularização Fundiária Sustentável, ou Cidade Legal.
O programa prevê a concessão
de títulos de propriedade e escrituras definitivas para as habitações irregulares localizadas em
terras da União.
O Ministério das Cidades anunciou que pretende, a partir do ano
que vem, estender o programa
para todas as habitações irregulares do Brasil. Segundo estimativa
do governo, elas representam
60% dos domicílios do país.
Para viabilizar o Cidade Legal e
outros programas do ministério,
Dutra anunciou que já está acertada com a área econômica do governo a contrapartida para um
empréstimo de US$ 300 milhões a
ser concedido pelo Banco Mundial. Segundo a secretária nacional de Programas Urbanos, Raquel Rolnik, o acordo para o empréstimo será firmado em setembro e a verba deve constar da previsão orçamentária do ministério
para 2004. Será, na prática, a primeira dotação orçamentária do
ministério que, segundo Dutra,
vem funcionando atualmente
quase sem recursos.
No Parque Royal, comunidade
que existe há 30 anos num terreno
litorâneo da Marinha, 1.586 famílias serão beneficiadas com títulos
de propriedade.
A intenção do ministério é estender o Cidade Legal para outras
12 favelas e dez conjuntos habitacionais do Rio, todos localizados
em terrenos da União. Ao todo, 24
mil famílias serão beneficiadas.
Até o fim do ano, o governo federal planeja firmar novos contratos do programa em Recife e na
Baixada Santista.
Acompanhado pela ministra da
Assistência Social, Benedita da
Silva, Dutra visitou depois a favela
da Rocinha (zona sul), a convite
da Arquidiocese do Rio. Caminhou pela favela, bebeu cachaça
num bar e comeu com a mão uma
galinha servida por moradores.
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