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"Contrabando
será favorecido'
da Agência Folha,
em Porto Alegre
O diretor-presidente da
Taurus, Carlos Alberto
Murgel, utilizou uma frase
de efeito para lembrar um
episódio histórico e, ao
mesmo tempo, fazer uma
paródia com a possível restrição da venda de armas no
Brasil.
"Nunca houve tanta bebida alcoólica nos EUA quanto na época em que foi promulgada a Lei Seca." Ele
acha que o mercado negro
de armas será favorecido no
Brasil devido às restrições
previstas pelo governo.
A Taurus exporta para 85
países, incluindo toda a
América Latina. Há cinco
anos, todas as exportações
são feitas de avião.
A entrada de armas brasileiras contrabandeadas do
exterior tem, segundo ele,
duas explicações. "Quando
uma arma é exportada, não
paga impostos. Quando é
vendida no mercado interno, paga 72% de tributos.
Seja onde estiver, no exterior, é mais barata do que
no Brasil. Além disso, no
mercado interno, só se pode comprar até o calibre 38.
Em outros países, não há essas restrições", disse.
O valor de uma arma Taurus no exterior varia entre
US$ 150 e US$ 350. No mercado interno, varia entre
US$ 400 e US$ 800. Para o
Paraguai, em 1998, foram
exportadas 4.500 armas.
O diretor-executivo da
Rossi, Luciano Rossi, sob os
mesmos argumentos, afirmou ter "certeza que as restrições vão aumentar o comércio ilegal". "Além disso,
sem o comércio interno,
não há contrapartida para
exportações. Haverá queda
de divisas ", disse.
"Em 98, o Brasil exportou
US$ 70 milhões em armas e
importou apenas US$ 1 milhão. É isso que vamos perder", afirmou. A Rossi, segundo o diretor-executivo,
exportou menos de 1.000
armas para o Paraguai em
98 e menos de 500 até maio.
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