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Especialistas prevêem objeções
DA REPORTAGEM LOCAL
A idéia de dividir a área urbana
da cidade em quatro grandes blocos com taxas mais altas para inibir o crescimento de áreas já saturadas pode não atingir seu objetivo, dependendo dos interesses do
mercado. Essa é a opinião de especialistas ouvidos pela Folha.
"A proposta é muito boa, mas
não temos garantia de que a periferia será visada pelos empresários, já que o mercado investe onde há retorno", diz a professora da
FAU/USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP) Maria
Lucia Refinetti Martins.
Cláudio Bernardes, conselheiro
do Secovi (sindicato das construtoras e imobiliárias), concorda.
"Precisamos ver se o incentivo será suficiente para levar as pessoas
a quererem ir para as áreas pobres; a curto prazo, acho que não
funcionará", disse.
Para o arquiteto e urbanista Ari
Albano, a cobrança de taxas
maiores em regiões saturadas é
justa. "Os empresários não querem restrições àquilo que podem
construir, mas tem que haver restrição sim. Se há ruas saturadas de
tráfego, não é possível construir
mais, senão até as galerias estouram e o pavimento desce", disse.
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