São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2002

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Especialistas prevêem objeções

DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia de dividir a área urbana da cidade em quatro grandes blocos com taxas mais altas para inibir o crescimento de áreas já saturadas pode não atingir seu objetivo, dependendo dos interesses do mercado. Essa é a opinião de especialistas ouvidos pela Folha.
"A proposta é muito boa, mas não temos garantia de que a periferia será visada pelos empresários, já que o mercado investe onde há retorno", diz a professora da FAU/USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP) Maria Lucia Refinetti Martins.
Cláudio Bernardes, conselheiro do Secovi (sindicato das construtoras e imobiliárias), concorda. "Precisamos ver se o incentivo será suficiente para levar as pessoas a quererem ir para as áreas pobres; a curto prazo, acho que não funcionará", disse.
Para o arquiteto e urbanista Ari Albano, a cobrança de taxas maiores em regiões saturadas é justa. "Os empresários não querem restrições àquilo que podem construir, mas tem que haver restrição sim. Se há ruas saturadas de tráfego, não é possível construir mais, senão até as galerias estouram e o pavimento desce", disse.


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