DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), anunciou ontem a abertura das duas primeiras unidades da Estação Cidadania, que vai substituir o SOS Criança na triagem e no encaminhamento de crianças e adolescentes em situação de risco social.
Os novos centros serão inaugurados em setembro em São Miguel Paulista e em Santo Amaro. Cada uma deve receber cerca de mil crianças por mês; a média diária do SOS era de 150.
A implementação dos centros é um dos destaques do Mapa da Criança e do Adolescente da Cidade de São Paulo, entregue pela prefeita ao presidente da Fundação Abrinq, Helio Mattar, ontem.
O mapeamento faz parte da participação da prefeitura paulistana no programa Prefeito Amigo da Criança, que destaca políticas públicas em benefício da infância e reúne informações sobre crianças e adolescentes no município, além de estabelecer 19 metas para os próximos dois anos.
O trabalho de triagem e encaminhamento dos menores foi municipalizado no ano passado. De acordo com a secretária de Assistência Social, Aldaíza Sposati, até o fim de 2003 devem estar em funcionamento cinco estações.
Nas unidades, as crianças vão receber orientação e fazer atividades -o abrigo será feito em casas de acolhida.
O sistema de trabalho da Estação Cidadania utiliza a metodologia do projeto Travessia, que trabalha há seis anos com crianças de rua no centro de São Paulo.
Segundo Max Dante, gerente de comunicação do Travessia, o convênio com a administração prevê inclusive a gestão das unidades. "O trabalho nas ruas será ampliado para todo o centro expandido. Nas zonas leste e sul, vamos gerenciar as estações."

Creches
A prefeita também divulgou um reajuste para as 487 creches conveniadas com a prefeitura e para os 318 núcleos Espaço Gente Jovem -as instituições somam 101 mil atendimentos. O aumento, que varia de 2,6% a 11,6%, é per capita e obedece ao número de crianças de cada instituição.


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