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Agentes não voltam à unidade
DA REPORTAGEM LOCAL
O sindicato dos funcionários
responsabilizou a presidência da
Febem e o Ministério Público pelo
incidente de ontem e afirmou que
os agentes da unidade não vão
voltar ao trabalho até que seja garantida a sua segurança.
Policiais militares iriam permanecer no interior da unidade pelo
menos até as 10h de hoje, quando
o sindicato e a Febem se reúnem
para discutir o caso. Os agentes se
recusaram a retornar à unidade.
"Os funcionários estão com medo e querem o fechamento imediato", afirmou Pedro Camilo, diretor do sindicato dos funcionários da Febem. O governo do Estado promete fechar a unidade 31
até o final do ano.
Segundo Camilo, a Febem demitiu funcionários por justa causa sem comprovação e não houve
substituição. "Os funcionários
são a parte mais fraca. O agente
que morreu tinha pouco tempo
de Febem. Como pode se dizer
que ele seguia uma cultura dos
maus-tratos?" Para Camilo, os
promotores denunciam supostas
torturas sem se preocupar em saber a realidade da unidade.
O presidente da Febem, Paulo
Sérgio de Oliveira e Costa, defendeu ontem, em entrevista coletiva, normas mais rigorosas para
internos envolvidos em rebeliões
e mudanças no ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente), como
a possibilidade de jovens com
mais de 18 anos serem transferidos para o sistema prisional.
Para a promotora Sueli Riviera,
foi a prática de tortura e maus-tratos por funcionários, e não a Promotoria, que tornou a unidade 31
um "barril de pólvora".
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