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São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2003

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Agentes não voltam à unidade

DA REPORTAGEM LOCAL

O sindicato dos funcionários responsabilizou a presidência da Febem e o Ministério Público pelo incidente de ontem e afirmou que os agentes da unidade não vão voltar ao trabalho até que seja garantida a sua segurança.
Policiais militares iriam permanecer no interior da unidade pelo menos até as 10h de hoje, quando o sindicato e a Febem se reúnem para discutir o caso. Os agentes se recusaram a retornar à unidade.
"Os funcionários estão com medo e querem o fechamento imediato", afirmou Pedro Camilo, diretor do sindicato dos funcionários da Febem. O governo do Estado promete fechar a unidade 31 até o final do ano.
Segundo Camilo, a Febem demitiu funcionários por justa causa sem comprovação e não houve substituição. "Os funcionários são a parte mais fraca. O agente que morreu tinha pouco tempo de Febem. Como pode se dizer que ele seguia uma cultura dos maus-tratos?" Para Camilo, os promotores denunciam supostas torturas sem se preocupar em saber a realidade da unidade.
O presidente da Febem, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, defendeu ontem, em entrevista coletiva, normas mais rigorosas para internos envolvidos em rebeliões e mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), como a possibilidade de jovens com mais de 18 anos serem transferidos para o sistema prisional.
Para a promotora Sueli Riviera, foi a prática de tortura e maus-tratos por funcionários, e não a Promotoria, que tornou a unidade 31 um "barril de pólvora".


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