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São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2003

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EDUCAÇÃO

Na Unesp, 3 dos 15 campi do interior estão parados

Paralisação contra reformas só atinge 2 das 23 unidades da USP

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de três dias, a greve dos docentes da USP (Universidade de São Paulo) contra a reforma da Previdência e o aumento da contribuição previdenciária no Estado ainda atinge parcialmente o campus da instituição na capital.
Segundo a reitoria, só 2 das 23 unidades aderiram ao movimento: a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e a Faculdade de Educação (Feusp).
Embora admita que a greve não é "igual à de 2000" -quando praticamente toda a USP parou por quase dois meses-, o presidente da Adusp (sindicato dos professores), Américo Kerr, diz que também deixaram de ter aulas a ECA (Escola de Comunicações e Artes), a Poli (Escola Politécnica) e os institutos de Física, Matemática, Geociências e Psicologia.
A Adusp diz não ter, porém, um balanço do percentual de adesão em cada uma dessas unidades.
"É claro que tem de tudo: gente deprimida com a atitude do PT, gente que acha que "Inês é morta" e gente que ainda nem se deu conta do que está ocorrendo. Mas o principal indicativo de mobilização é a presença nas assembléias."
Na segunda-feira, cerca de 80 docentes estiveram na primeira reunião do movimento.
Na Unesp (Universidade Estadual Paulista), 3 dos 15 campi do interior estão parados, segundo a Adunesp (sindicato dos professores). Segundo a reitoria, são dois campi totalmente parados e dois parcialmente paralisados.

Pressão conjunta
Ontem, representantes da Adusp se reuniram com o reitor da USP, Adolpho Melfi, para discutir de que forma podem, em conjunto, pressionar deputados para que modifiquem e vetem pontos da reforma previdenciária no segundo turno de votações. "Só precisamos tirar 51 votos do PT", afirma Kerr, que foi um dos fundadores do partido.
De acordo com ele, o governo federal não está levando em consideração na proposta algumas especificidades dos servidores das universidades públicas. Um exemplo é o fato de que muitos professores dão aulas há anos sem serem concursados (somente na USP, são quase 30% do quadro).
Até agora, eles tinham os mesmos direitos previdenciários dos concursados, mas, com a reforma, perdem a aposentadoria integral. (MARIANA VIVEIROS)


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