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EDUCAÇÃO
Na Unesp, 3 dos 15 campi do interior estão parados
Paralisação contra reformas só atinge 2 das 23 unidades da USP
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de três dias, a greve dos
docentes da USP (Universidade
de São Paulo) contra a reforma da
Previdência e o aumento da contribuição previdenciária no Estado ainda atinge parcialmente o
campus da instituição na capital.
Segundo a reitoria, só 2 das 23
unidades aderiram ao movimento: a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e
a Faculdade de Educação (Feusp).
Embora admita que a greve não
é "igual à de 2000" -quando praticamente toda a USP parou por
quase dois meses-, o presidente
da Adusp (sindicato dos professores), Américo Kerr, diz que
também deixaram de ter aulas a
ECA (Escola de Comunicações e
Artes), a Poli (Escola Politécnica)
e os institutos de Física, Matemática, Geociências e Psicologia.
A Adusp diz não ter, porém, um
balanço do percentual de adesão
em cada uma dessas unidades.
"É claro que tem de tudo: gente
deprimida com a atitude do PT,
gente que acha que "Inês é morta"
e gente que ainda nem se deu conta do que está ocorrendo. Mas o
principal indicativo de mobilização é a presença nas assembléias."
Na segunda-feira, cerca de 80
docentes estiveram na primeira
reunião do movimento.
Na Unesp (Universidade Estadual Paulista), 3 dos 15 campi do
interior estão parados, segundo a
Adunesp (sindicato dos professores). Segundo a reitoria, são dois
campi totalmente parados e dois
parcialmente paralisados.
Pressão conjunta
Ontem, representantes da
Adusp se reuniram com o reitor
da USP, Adolpho Melfi, para discutir de que forma podem, em
conjunto, pressionar deputados
para que modifiquem e vetem
pontos da reforma previdenciária
no segundo turno de votações.
"Só precisamos tirar 51 votos do
PT", afirma Kerr, que foi um dos
fundadores do partido.
De acordo com ele, o governo
federal não está levando em consideração na proposta algumas
especificidades dos servidores das
universidades públicas. Um
exemplo é o fato de que muitos
professores dão aulas há anos sem
serem concursados (somente na
USP, são quase 30% do quadro).
Até agora, eles tinham os mesmos direitos previdenciários dos
concursados, mas, com a reforma, perdem a aposentadoria integral.
(MARIANA VIVEIROS)
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