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Estou disposta a trocar de lugar com ele, diz a mãe do repórter seqüestrado
DA REPORTAGEM LOCAL
Em depoimento à Folha, a
mãe de Guilherme de Azevedo
Portanova fez um apelo para
que os seqüestradores entrem
em contato com os familiares.
De acordo com Maria Elizabeth Lacerda Azevedo, 58, as
únicas informações que tinha,
até o final da noite de ontem,
foram dadas pela televisão.
O jornalista é o único filho da
advogada. Emocionada, diz temer pela vida dele. "O que estou vivendo é uma angústia indescritível. A única coisa que
posso fazer é apelar para o sentido de humanidade dessas
pessoas, para que devolvam o
meu filho", disse. Leia a seguir
alguns trechos da entrevista.
Folha - Há quanto tempo o Guilherme trabalhava na Globo?
Maria Elizabeth - Ele começou a
trabalhar lá em janeiro de
2006, mas desde, na realidade,
somente a partir de março passou a ser um trabalho fixo.
Folha - Como a senhora definiria
seu filho?
Maria Elizabeth - Ele é inteligente, é um filósofo. O que existe de
brilhantismo, de humanidade,
eu enxergo no Guilherme. O
que eu temo é que uma pessoa
com todas essas qualidades esteja na mão desse pessoal. Eu
não sei nem se ele está vivo ou
morto. Estou disposta até a trocar de lugar com ele, se isso fosse possível.
Folha - O seu filho alguma vez reclamou de ameaças?
Maria Elizabeth - Ele foi assaltado
com uma equipe da Globo em
junho deste ano. O carro da
emissora parou num posto de
gasolina e alguns bandidos armados prenderam a equipe, ele
e o frentista num dos banheiros
do posto. Também levaram o
equipamento. Mas não houve
nenhum tipo de agressão física.
Folha - Você imagina o motivo que
levou ao seqüestro?
Maria Elizabeth - Não há explicação. Ele não tem nada contra
ninguém.
(VINICIUS ABBATE)
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