da Agência Folha, em Corumbá

O Estado de Mato Grosso do Sul tem um plano para terminar com a prostituição infantil. Em todos os municípios, atendendo a orientação do plano estadual, lançado pelo governo do Estado em abril, estão sendo criadas comissões de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
O plano prevê ações de combate, com a participação da Secretaria da Segurança Pública, e a elaboração de leis municipais que estabeleçam sanções aos estabelecimentos que exploram crianças e adolescentes, palestras, programas de discussão e a criação de um centro especial de atendimento à menina vítima de violência sexual.
A prefeita de Porto Murtinho, Myrian Conceição dos Santos (PT), 39, disse que a prostituição na cidade está relacionada à falta de emprego, agravada pela crise na pecuária, base da economia local.
"Temos projetos para reanimar a cidade, mas precisamos de apoio", disse a prefeita.
Um dos projetos é transformar a reserva indígena Kaduwéo, com cerca de 530 mil hectares, em ponto de visitação turística, com autorização da Funai.
Uma pesquisa do Ibiss (Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social), que fez o mapeamento da prostituição infanto-juvenil nas cidades turísticas de Mato Grosso do Sul, sugere a instituição de prêmios aos hotéis que não se envolverem com a prostituição.
O diretor-executivo do Ibiss, José Luiz dos Reis, 28, disse que deveria haver reconhecimento oficial aos hotéis que não aceitam a hospedagem de menores desacompanhadas nem oferecem "books" (álbuns com fotografias de prostitutas) aos clientes.
O Ibiss está lançando uma campanha contra o turismo sexual. Foram impressos cartazes, folhetos e adesivos para ser distribuídos nas cidades turísticas.



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