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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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Stalone, 10, achou 1ª ossada

DA AGÊNCIA FOLHA, EM OUROESTE

Em 1997, Stalone Leandro, então com 10 anos, chegou à escola contando vantagem: conhecia um lugar em que tinha um monte de ossos de gente.
A professora desafiou. "Disse a ele: "Então traz'", conta a professora Beatriz Cruz Vargas Brugnoli, que atualmente trabalha no Museu Água Vermelha.
"No dia seguinte, ele chegou com uma enorme mandíbula, com dente e tudo! Mandei ele colocar aquilo de volta onde havia encontrado", diz Brugnoli.
Stalone, nome em homenagem ao ator norte-americano Sylvester Stallone, não poderia imaginar que sua descoberta ia mobilizar a cidade e, tempos depois, motivar a construção de um novo museu arqueológico no Estado.
"Até hoje, tem gente que acha que tudo é mentira; que [os ossos] eram pessoas mortas na construção da usina", disse o prefeito Edvaldo Fraga da Silva (PFL).
O Museu Água Vermelha recebe, em média, a visita de duas turmas de estudantes por dia. A exposição, montada pela museóloga Marília Xavier Cury, do MAE (Museu Arqueológico e Etnológico) da USP, mostra, inicialmente, o trabalho de pesquisa desenvolvido pelos arqueólogos.
Para muitos dos alunos, é a primeira vez que pisam em um museu. Já a família de Stalone ainda não teve essa experiência. Não tem dinheiro para o ônibus.


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