|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Stalone, 10, achou 1ª ossada
DA AGÊNCIA FOLHA, EM OUROESTE
Em 1997, Stalone Leandro, então com 10 anos, chegou à escola
contando vantagem: conhecia um
lugar em que tinha um monte de
ossos de gente.
A professora desafiou. "Disse a
ele: "Então traz'", conta a professora Beatriz Cruz Vargas Brugnoli, que atualmente trabalha no
Museu Água Vermelha.
"No dia seguinte, ele chegou
com uma enorme mandíbula,
com dente e tudo! Mandei ele colocar aquilo de volta onde havia
encontrado", diz Brugnoli.
Stalone, nome em homenagem
ao ator norte-americano Sylvester
Stallone, não poderia imaginar
que sua descoberta ia mobilizar a
cidade e, tempos depois, motivar
a construção de um novo museu
arqueológico no Estado.
"Até hoje, tem gente que acha
que tudo é mentira; que [os ossos]
eram pessoas mortas na construção da usina", disse o prefeito Edvaldo Fraga da Silva (PFL).
O Museu Água Vermelha recebe, em média, a visita de duas turmas de estudantes por dia. A exposição, montada pela museóloga
Marília Xavier Cury, do MAE
(Museu Arqueológico e Etnológico) da USP, mostra, inicialmente,
o trabalho de pesquisa desenvolvido pelos arqueólogos.
Para muitos dos alunos, é a primeira vez que pisam em um museu. Já a família de Stalone ainda
não teve essa experiência. Não
tem dinheiro para o ônibus.
Texto Anterior: Patrimônio: Água preservou acervo de 9.000 anos Próximo Texto: Segurança: PF planeja ter, até 2005, controle total de fronteiras Índice
|