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Suspeito esperou filho estar seguro
DA REPORTAGEM LOCAL
Pai de um filho de 11 meses,
mesma idade do bebê da família
Yonekura poupado na chacina
que vitimou cinco pessoas, o vigilante Ricardo Francisco dos Santos teria concordado em confessar sua participação no crime só
depois de saber que sua própria
família estava em segurança.
Segundo o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP,
o vigilante só falou depois de saber que sua companheira e seu filho tinham saída da casa onde
moravam, no Capão Redondo, na
zona sul de São Paulo.
Ele disse temer pela segurança
dos dois, principalmente porque
Celso Alencar dos Santos, apontado por Ricardo como o mentor do
crime e autor das agressões, morava no mesmo bairro.
Ricardo residia na Vila Nova
Curuçá, nas proximidades da família Yonekura, mas mudara para o Capão Redondo havia três
anos, segundo a polícia.
O DHPP realizou ontem uma
busca na casa do vigilante, mas
não encontrou a arma usada no
crime nem o dinheiro roubado. O
único objeto apreendido foi um
quadro pintado por Futaba Yonekura, matriarca da família. "Pode
ter sido um presente dela para o
Ricardo. Isso pode mostrar que
havia uma relação afetiva entre as
famílias, o que torna o crime ainda mais cruel", disse o delegado.
Segundo Teixeira, a frieza dos
assassinos também é revelada por
outros detalhes no local do crime.
"Um dos bandidos, vendo que
uma das vítimas, provavelmente
morta, tinha um tênis mais novo,
simplesmente tirou os seus tênis e
calçou os novos. Abandonou os
velhos ali mesmo", disse.
(GILMAR PENTEADO)
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