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Associação quer mudar critérios para obras
DA AGÊNCIA FOLHA, EM OURO PRETO
Insatisfeitos com a conduta dos
órgãos de defesa do patrimônio,
moradores de Ouro Preto criaram uma espécie de "associação
de processados". A Apop (Associação Patrimonial de Ouro Preto) reúne pessoas que tenham notificações extrajudiciais ou processos na Justiça movidos pelo
Iphan ou pelo Ministério Público.
Segundo o Iphan, há cerca de
150 processos na Justiça (estadual
e federal) contra moradores de
Ouro Preto que alteraram seus
imóveis sem autorização. O número também inclui donos de casas em estado precário de conservação, processados para que promovam reformas nos imóveis.
Dentro do perímetro de Ouro
Preto tombado em nível federal,
de 22 km2, nada pode ser construído ou alterado sem projeto
previamente aprovado pelo
Iphan -as exceções são para pequenas obras e manutenção de telhados. A Apop, constituída como
pessoa jurídica no mês passado,
quer rediscutir os critérios de intervenção no conjunto tombado.
"Está havendo rigor demais
com os humildes, os desinformados", diz o presidente da Apop,
Vicente Custódio, 43. Para Custódio, o decreto-lei 25, de 1937, que
instituiu o patrimônio no país, é
"arcaico" e deve ser revisto.
Segundo Custódio, a Apop tem
cerca de cem associados, que contribuem com R$ 10 por mês e fazem reuniões quinzenais. (TG)
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