São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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CPI atrasaria novo sistema, diz Zarattini

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário Carlos Zarattini esteve ontem na Câmara para falar sobre as recentes denúncias no setor de transportes. Por divergência entre os vereadores sobre a condução das perguntas, apenas duas foram feitas, e a sessão foi suspensa.
Os vereadores querem uma CPI para investigar as irregularidades na área. Zarattini disse que ela vai atrasar a implantação do novo sistema de transporte -prometida para 2002 e já adiada para julho de 2003.
"Quando um setor do governo está sendo investigado por uma CPI, os procedimentos de licitação ficam paralisados."
O depoimento de Zarattini foi acompanhado por diretores e gerentes da SPTrans -levando ao protesto do vereador Milton Leite (PMDB). O gabinete dele recebeu um levantamento com 25 funcionários que não teriam trabalhado para acompanhar Zarattini.
O vereador Gilberto Natalini (PSDB) já recolheu a assinatura de 32 dos 55 vereadores para que a CPI dos transportes tenha prioridade na Casa. Como há um limite de cinco CPIs tramitando, ela só pode começar quando acabar outra.
O vereador Antonio Goulart (PMDB) disse que pode encerrar com antecedência a CPI sobre a sonegação de impostos. "Ela ainda teria 45 dias, mas posso terminar até a próxima semana. A condição é que eu seja presidente da nova CPI."
Depois de ser ouvido pelos vereadores, Zarattini, que estava visivelmente nervoso, chegou a interromper uma entrevista à televisão para discutir de maneira ríspida com um jornalista. O secretário se reuniu com a prefeita Marta Suplicy no final da tarde. Vereadores comentavam que ele pediria demissão -informação negada pela assessoria de Zarattini.


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