São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 2005

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ROUPA NOVA

Crianças ganharão as roupas em 2006; Pregão decidirá empresas que confeccionarão material

Alunos de creche vão receber uniforme

DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 55 mil crianças a partir dos 2 anos, de creches mantidas diretamente pela prefeitura, vão receber uniforme escolar a partir do ano que vem. No dia 5 de dezembro, a secretaria municipal de Educação fará um pregão para decidir que empresas confeccionarão os kits de verão, que vão conter duas camisetas, uma calça, uma bermuda e uma jaqueta de helanca, dois pares de meias e um par de tênis.
Ainda não há previsão do custo unitário mas o secretário de Educação, José Aristodemo Pinotti, afirma que a compra sairá por menos de R$ 4,7 milhões -valor economizado no começo deste ano com a renegociação dos uniformes dos estudantes maiores. As peças seguirão o mesmo estilo já adotado pela rede, com a predominância da cor azul. No ano que vem, todas terão detalhes e golas verdes.
De acordo com Pinotti, a decisão foi tomada porque as mães estavam pedindo. "Temos uma clientela desfavorecida, que precisa do uniforme. É um gasto grande manter roupas para as crianças irem à escola todo dia."
Além da questão econômica, afirma, há a pedagógica. "O uniforme consegue eliminar eventuais diferenças sociais que possam haver na sala de aula. Entre os maiores, por exemplo, havia muitos que iam de chinelo de dedo. A partir do ano que vem, todo mundo vai ter tênis."
Há ainda uma outra preocupação da secretaria: a segurança. Com uniforme, explica Pinotti, fica mais fácil identificar os estudantes e controlar a entrada e saída nos colégios.
O secretário afirma que todos os uniformes serão entregues no prazo e conta que a proposta da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), de doar os uniformes em troca da divulgação de nomes de patrocinadores, está parada. "Não recebemos nenhuma proposta oficial e fizemos a licitação dos kits de verão. Só com uma oferta concreta poderemos decidir se aceitaremos ou não a doação." A Folha procurou o presidente da Abravest, Roberto Chadad, durante todo o fim de semana, mas ele não retornou as ligações.


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