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Moradores disputam espaço com
indigentes, mato e lixo acumulado
DA REPORTAGEM LOCAL
O campo de futebol e os poucos
brinquedos quebrados são os únicos vestígios que a praça Francisco Daniel Lopes, em Itaquera (zona leste), mantém de uma área de
lazer. Sem árvores, com mato alto
e piso desnivelado, o local serve
de depósito de lixo e abrigo de
moradores de rua -que dormem
dentro de alguns brinquedos.
A praça, que deve ser reformada
ainda neste mês, é a única opção
de lazer para uma população de
cerca de 15 mil pessoas do entorno. "As crianças daqui não têm
onde brincar e não podem ficar
soltas na favela porque a polícia
está sempre entrando lá", afirmou a dona-de-casa Maria Gorete Olanda, 43, que vive num quarto com cinco filhos.
Muitas vezes, as crianças acabam se machucando na praça. "A
gente fica correndo e fura o pé nos
cacos de vidro", disse uma das filhas de Gorete, Gabrieli, 6.
A Subprefeitura de Itaquera disse que o local será reformado neste mês. Segundo Teixeira, o serviço de manutenção da praça atrasou porque as equipes tiveram
que ser deslocadas para trabalhar
em áreas de risco. A obra, nos 14,6
mil metros quadrados de área, deve custar R$ 123 mil.
Ibirapuera de bairro
Com uma área de lazer mais estruturada, aguardando apenas
melhorias, os moradores do Jardim Ademar de Barros, no Butantã (zona oeste), esperam ansiosos
pela construção da pista de cooper que será criada na praça Elis
Regina. Apesar de ser bastante
utilizada para a prática da caminhada, a calçada do local é irregular e está deteriorada.
"Isso aqui é nosso Ibirapuera.
Das 5h às 11h e das 17h às 22h, fica
cheio de gente andando", disse o
aposentado Israel Ferreira, 58.
Outra boa novidade para ele e
um grupo de 40 amigos que gostam de jogar dominó é a instalação de mais mesas na praça. "Antes, eram três, que a gente mesmo
havia posto, mas não dava para
todo mundo", afirmou.
Já na Vila Brasilândia (zona
norte), a praça Antônia Espinosa
Picerni ficará sem pedras e terá
uma área livre onde as crianças
poderão jogar bola e empinar pipa. Também haverá mesas e bancos como forma de atrair os adultos para o local. "Acho que, quando ajeitarem, os pais virão com os
filhos, porque vão poder ficar
conversando sentados enquanto
as crianças brincam", comentou a
dona-de-casa Vera Figueiredo,
42, que mora em frente ao local.
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