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Demitidos acusados
de desviar R$ 2,3 mi
VANDECK SANTIAGO
da Agência Folha, em Maceió
Seis funcionários da Secretaria
da Segurança Pública de Alagoas
foram demitidos ontem pelo governador Manoel Gomes de Barros (PTB), acusados do desvio de
R$ 2,3 milhões destinados à reforma de prédios de delegacias.
O líder do grupo, segundo o governo, era Eduardo Rodrigues
Amaral, filho de José Azevedo de
Amaral, secretário da Segurança
Pública durante o governo de Divaldo Suruagy (1995-1997).
Eduardo ocupava o cargo de
consultor para assuntos criminalísticos da Secretaria da Segurança
Pública. O pai e o filho fazem parte
do grupo político do ex-governador Suruagy (PMDB), afastado em
julho de 97, após uma crise nas polícias Civil e Militar que resultou
na intervenção do Exército no governo do Estado. Meses mais tarde, ainda no ano passado, Suruagy
renunciou.
Entre os demitidos, estão ainda
dois agentes da Polícia Civil, um
escrivão e dois integrantes da Comissão de Licitação da Secretaria
da Segurança Pública.
As demissões foram publicadas
na edição de ontem do Diário Oficial do Estado.
As primeiras denúncias sobre o
desvio das verbas foram feitas pelo
deputado estadual Francisco Tenório (PSB), que é delegado. Segundo ele, Eduardo armou um
"rede de irregularidades" na secretaria.
Em setembro de 97, o caso começou a ser investigado por uma comissão da Procuradoria-Geral do
Estado. O relatório preparado pela
comissão tem cerca de mil páginas
e confirma as acusações feitas contra Eduardo e os outros cinco funcionários.
Um resumo do relatório foi entregue anteontem ao governador
Barros, que então resolveu demitir
os acusados. "O Estado vai encaminhar o caso à Justiça e tentar obter um ressarcimento do dinheiro
desviado", disse o governador,
que assumiu o cargo depois da saída de Suruagy, de quem era o vice.
Eduardo e seu pai disseram que
só falam sobre o caso na próxima
semana. Os outros cinco demitidos não foram localizados pela
Agência Folha. Nenhum deles está
preso.
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