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Uma mulher surda-muda está acusando um policial militar de a ter agredido e tentado estuprá-la. O caso aconteceu por volta da 0h30 de ontem, na avenida das Corujas, em Pinheiros (zona sudoeste de São Paulo).
A agressão teria ocorrido dentro de um carro da PM. O policial estaria fardado e em serviço no momento da suposto agressão.
De acordo com o vigia Damião Vieira dos Santos, 32, que fazia segurança na avenida, uma perua Ipanema da polícia encostou no local por volta da 0h30 e pediu que ele o ajudasse a tirar uma mulher do carro. Segundo Damião, o PM afirmou que estava sendo agredido pela mulher. Quando Damião retirou a surda-muda do carro, o policial foi embora.
O segurança, então, ligou para a Polícia Militar. Um outro carro chegou ao local e levou a mulher ao 14º DP (Pinheiros).
Uma especialista em linguagem de surdos-mudos foi levada à delegacia para se comunicar com a mulher. Ela contou que o PM a havia agredido e tentado estuprá-la.
Segundo o delegado Edmundo de Lacerda Neto, titular da delegacia, a mulher estava machucada no rosto e nos braços. Ela foi encaminhada ao IML, onde passou por exames de corpo de delito e de conjunção carnal, para verificar se houve agressão ou estupro.
Uma outra testemunha, o estudante Roberto Leonel Scavazza, afirmou que o suposto agressor estava no carro de polícia de número 23.203. Mas o carro com tal número sofreu um acidente há um ano e não está mais na frota da PM.
A mulher não havia sido identificada até a noite de ontem.
A vítima fez ontem a denúncia à Corregedoria da Polícia Militar. Segundo a PM, a mulher estava com dificuldades para se expressar. Mesmo assim, a mulher reconheceu o suposto agressor: um soldado do 4º Batalhão da PM.
O PM acusado conta que encontrou a mulher a surda-muda perdida e sem ter pra onde ir. Ele a teria levado a uma delegacia, mas o delegado não quis recebê-la porque não se tratava de caso de polícia.
Então, ele teria resolvido deixá-la na avenida das Corujas.



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