São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2000


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Falta de sangue adia cirurgia

da Sucursal do Rio

No Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (zona norte), ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, o número de doadores em janeiro caiu de 60 para 30 por dia. Resultado: uma paciente teve a cirurgia cardíaca adiada duas vezes.
Na semana passada, o estoque de sangue do tipo O positivo estava quase a zero. Esse tipo de sangue é o mais difícil, porque pode ser doado a qualquer pessoa, sem risco de rejeição.
"Temos sangue para mais alguns dias, mas preciso melhorar o estoque. Não gosto de dizer que vai faltar. Prefiro acreditar que vão aparecer doadores", disse a chefe do serviço de Hemoterapia do hospital, Carmen Nogueira.
O hospital da UFRJ realiza em média 40 cirurgias por dia, inclusive transplantes de fígado e medula. Só uma cirurgia de um paciente com aneurisma da aorta exigiu 22 bolsas de sangue.
Rosângela Almeida, 30, vendedora de sanduíches, foi ao hospital para uma consulta com sua filha de 7 meses. Sua filha maior, Taiara, 6, acompanhou a consulta da irmã e soube que uma outra criança precisava de sangue.
Pediu que a mãe fizesse a doação. Para que Rosângela pudesse doar sangue, os funcionários do hospital tiveram de tomar conta de suas duas filhas.
"Fiz porque a minha filha pediu. Nunca tinha pensado em doar sangue, mas me senti bem, ajudando uma pessoa", disse Rosângela.


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