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Falta de sangue adia cirurgia
da Sucursal do Rio
No Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (zona norte),
ligado à Universidade Federal do
Rio de Janeiro, o número de doadores em janeiro caiu de 60 para
30 por dia. Resultado: uma paciente teve a cirurgia cardíaca
adiada duas vezes.
Na semana passada, o estoque
de sangue do tipo O positivo estava quase a zero. Esse tipo de sangue é o mais difícil, porque pode
ser doado a qualquer pessoa, sem
risco de rejeição.
"Temos sangue para mais alguns dias, mas preciso melhorar o
estoque. Não gosto de dizer que
vai faltar. Prefiro acreditar que
vão aparecer doadores", disse a
chefe do serviço de Hemoterapia
do hospital, Carmen Nogueira.
O hospital da UFRJ realiza em
média 40 cirurgias por dia, inclusive transplantes de fígado e medula. Só uma cirurgia de um paciente com aneurisma da aorta
exigiu 22 bolsas de sangue.
Rosângela Almeida, 30, vendedora de sanduíches, foi ao hospital para uma consulta com sua filha de 7 meses. Sua filha maior,
Taiara, 6, acompanhou a consulta
da irmã e soube que uma outra
criança precisava de sangue.
Pediu que a mãe fizesse a doação. Para que Rosângela pudesse
doar sangue, os funcionários do
hospital tiveram de tomar conta
de suas duas filhas.
"Fiz porque a minha filha pediu.
Nunca tinha pensado em doar
sangue, mas me senti bem, ajudando uma pessoa", disse Rosângela.
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