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GUERRA URBANA
SPTrans diz que segurança é responsabilidade dos
usuários
Promotor quer mudar blitz
SORAYA AGÉGE
da Reportagem Local
O Ministério Público Estadual
poderá acionar a Justiça para
obrigar a Prefeitura de São Paulo
a suspender perseguições ou
abordagens de peruas em movimento pelos fiscais da SPTrans.
Ontem, a gerência da fiscalização da empresa municipal declarou que manterá seu esquema de
atuação e atribuiu a responsabilidade pela segurança aos próprios
usuários de peruas clandestinas.
"O limite de cada fiscal é apenas
o limite dele", disse o gerente de
fiscalização da SPTrans, Evanaldo
Magno do Ouro. Segundo ele, os
usuários que optam pelo transporte clandestino conhecem o risco de violência e são responsáveis
por isso.
"A intenção é acabar com as
ações atabalhoadas dos fiscais. Se
comprovarmos que já ocorreram
excessos, os fiscais serão penalizados", disse o promotor Carlos
Cardoso, assessor de Direitos Humanos do Ministério Público.
Segundo ele, a SPTrans não pode fazer blitze com perseguições,
a não ser com a participação da
Polícia Militar.
Entretanto, ontem, no primeiro
dia de ação conjunta com a PM, a
SPTrans colocou uma equipe sem
policiais fazendo abordagens na
zona leste da cidade.
O comando da PM informou
que participa das blitze, mas só
perseguirá criminosos perigosos.
Cardoso presidiu ontem uma
audiência pública sobre o transporte coletivo. Participaram representantes de todos os setores
envolvidos.
O secretário dos Transportes,
Getúlio Hanashiro, ressaltou, na
audiência, que não vai alterar o
edital da licitação que permitirá a
legalização de 4.042 perueiros, de
um total estimado em 13 mil.
Até ontem, 4.700 pessoas retiraram o edital. Hanashiro estima
que 15 mil se inscreverão.
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