São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

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Ritmo de internação de jovem infrator diminui

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

JOSÉ BENEDITO DA SILVA
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO

Levantamento da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República mostra que nos últimos dois anos diminuiu o ritmo da internação de jovens que cometeram atos infracionais no país, especialmente na região Sudeste e em São Paulo.
Segundo a pesquisa, havia em 2006 no país 15.426 jovens com algum tipo de restrição à liberdade (internação, internação provisória e semiliberdade) -o número representa crescimento de 10,5% sobre 2004, inferior à expansão entre 2002 e 2004 (15,8%).
Em SP, que concentrava no ano passado 6.059 internos (39,2% do país), houve queda até no número de adolescentes em relação a 2004, quando havia 6.372 -um recuo de 4,9%. No período anterior, entre 2002 e 2004, a taxa de crescimento havia sido de 30,6%.
No Sudeste, que abrigava em 2006 mais da metade dos internos (54,34%), as internações em regime fechado cresceram 6,7% nos últimos dois anos -no biênio anterior, a alta foi de 25,3%. No Rio, o movimento é contrário: houve aumento de 29,4% nos últimos dois anos, bem maior que a expansão de 3,3% entre 2002 e 2004.
Em 2006 o sistema paulista teve mais saídas (15.049) que internações (14.369), fato inédito na história da Febem. "Conseguimos retomar a disciplina e reforçar o atendimento, o que permitiu que mais adolescentes saíssem", disse a presidente, Berenice Giannella.


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