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"Não existe risco na linha 4", afirma engenheiro do Consórcio Via Amarela
DA REPORTAGEM LOCAL
O engenheiro Wagner Marangoni, do Consórcio Via
Amarela, desqualificou ontem
a conclusão do laudo que viu
riscos de "acidentes de proporções imprevisíveis" na estação
Fradique Coutinho do metrô.
O inspetor que fez a avaliação, afirmou ele, só tinha condições de analisar a situação
das soldas, algo que não tem relação com a estrutura da obra.
"Ele extrapolou a competência dele ao afirmar que colocava
em risco a estrutura. Internamente no consórcio, a gente
nem considerou aquela observação dele porque aquilo que
interessava eram as soldas."
Ele disse ter havido 290 inconformidades em 35 meses na
linha 4 (problemas que precisam de correção), das quais 30
seguem pendentes -mas nega
haver riscos de acidentes.
"Afirmamos categoricamente que não existe risco na linha
4", afirmou. "Temos plena, total e irrestrita confiança de que
não existe e nunca existiu qualquer problema na estação Fradique Coutinho que justificasse
afirmar que existe um problema estrutural", disse à tarde,
antes da suspensão das obras.
O representante do consórcio diz que a vistoria das soldas
foi feita devido a um controle
interno de qualidade, que
"aponta tudo em que há pequenas imperfeições". Afirma que
as providências foram tomadas
em seguida -as escavações ficaram interrompidas-, mas
que não houve necessidade de
aviso ao Metrô porque não era
grave. Diz que os casos pontuais são repassados ao Metrô
só por relatórios mensais.
A função do inspetor Nelson
Augusto Damásio, diz ele, requer só ensino médio. "Ele
usou, para fazer as avaliações
da solda, um critério que é usado para estruturas permanentes de altíssima tecnologia. Essa estrutura é provisória."
Segundo Marangoni, mesmo
sem a correção das soldas, não
haveria acidentes graves -no
máximo a soltura de peças.
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