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Problema na soldagem não é indicação de riscos à obra, afirmam especialistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas consultados
pela Folha apontam que a existência de problemas na soldagem de estruturas metálicas da
estação Fradique Coutinho do
metrô não significa que a obra
esteja comprometida.
"A função do inspetor de solda é analisar se a junta que ele
está avaliando está de acordo
com o projeto. Não é uma avaliação de risco", disse Marcos
Pereira, diretor no Brasil da
TWI, um centro mundial sobre
tecnologia de soldagem.
Pereira afirmou que o registro de defeitos em soldas é comum, mas que isso não significa que toda a estrutura esteja
prejudicada. "O inspetor aponta a deficiência e isso tem de
ser corrigido obrigatoriamente. É comum achar deficiências
e apontar soluções. Isso faz
parte do dia-a-dia da obra."
Almir Quites, professor aposentado de engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina e especialista em soldagem, disse que quando o inspetor identifica o problema "é
preciso abrir e fazer de novo".
Para ele, o ideal é que os inspetores acompanhem todo o projeto para atestar a qualidade da
solda assim que ela for feita.
"Muitas vezes a empresa
contrata o laudo não porque tenha algo errado, mas para fazer
acompanhamento de qualidade", disse Angela Uller, diretora do Coppe (Coordenação dos
Programas de Pós-Graduação
de Engenharia) da UFRJ.
José Alfredo Barbosa, diretor da FBTS (Fundação Brasileira de Tecnologia de Soldagem), disse que o inspetor Nelson Augusto Damásio, que fez
o laudo sobre a estação Fradique Coutinho, é habilitado para apontar os problemas. Damásio não foi localizado.
Em nova entrevista ao "Jornal Nacional", ele voltou a dizer que a estrutura de vigas está em risco. "Pode haver rompimento da solda que segura
uma viga pequena e cair só
aquela viga, mas pode haver
rompimento em seqüência."
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