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ENSINO
Segundo o sindicato, 76% do total de funcionários das 52 instituições no país aderiram à paralisação
Aumenta adesão à greve nas universidades
da Agência Folha
A greve dos professores das universidades federais iniciada no último dia 31 teve ontem grande adesão de servidores técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior.
Segundo a Fasubra (federação
dos sindicatos dos servidores),
houve adesão dos servidores em 24
das 52 instituições, o que equivale
a 76% do total de funcionários.
A greve dos servidores da UFBA
(Universidade Federal da Bahia)
paralisou parcialmente o Hospital
das Clínicas -maior unidade de
atendimento médico da instituição.
Segundo a Assufba (Associação
dos Servidores da UFBA), o Hospital das Clínicas é procurado por
cerca de mil pessoas diariamente.
"Vamos manter a greve até que o
governo federal decida negociar",
disse o coordenador-geral da associação, Vicente José de Lima Neto.
Ontem à tarde, mulheres em trabalho de parto e crianças com graves problemas de saúde estavam
sendo atendidas nas duas unidades.
As principais reivindicações dos
servidores são iguais às dos professores em greve.
As categorias querem 48,65% de
reajuste salarial, abertura de novas
vagas e realização de concurso público.
A greve também continua recebendo adesão de professores de
novas instituições.
A Unifesp (Universidade Federal
Paulista) está realizando, entre ontem em hoje, uma paralisação de
48h (leia texto abaixo).
Os professores e estudantes da
UFC (Universidade Federal do
Ceará) entraram ontem em greve
por tempo indeterminado. A adesão contou com o apoio de 208 dos
235 professores.
A falta de verbas para custeio na
universidade provocou o fechamento do restaurante universitário, laboratórios e a emergência do
hospital universitário.
Os professores da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)
também aderiram à greve.
Segundo a Adufepe (Associação
dos Docentes da UFPE), cerca de
80% dos 1.600 professores aderiram à paralisação. A greve não
atingiu os departamentos de saúde, que mantiveram o atendimento gratuito à comunidade.
O reitor da UFPE, Mozart Neves
Ramos, afirmou que não tinha
condições, ontem, de avaliar o
grau de adesão à greve.
"Vamos apresentar uma alternativa ao PID (Plano de Incentivo à
Docência) e o governo já autorizou
a contratação, por concurso, de 72
professores", disse. A UFPE, afirmou, tem um déficit de cerca de
300 professores.
O ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, disse que, no momento, não há condições de conceder o reajuste reivindicado pelos
professores e funcionários.
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