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Recesso e eleições devem adiar votação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao optar por enviar um projeto
de lei ao Congresso em vez de publicar uma medida provisória
criando as cotas, o governo terá
que trabalhar para garantir uma
rápida votação. Do contrário, corre o risco de não ver a proposta
aprovada neste ano.
Além do recesso dos parlamentares, em julho, haverá eleições
municipais neste ano, o que cria
uma espécie de "recesso branco".
Já tramitam no Congresso pelo
menos 30 projetos que tratam do
acesso ao ensino superior. Desses,
28 propostas "pegaram carona"
no projeto mais antigo, de 1999,
ou seja, foram "apensados".
Outra proposta foi aprovada no
Senado em fevereiro e está na Câmara. Prevê a reserva de 50% das
vagas de instituições federais para
alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio na rede
pública. É semelhante à do governo, só não tem cota para negros.
Ao chegar à Câmara, o projeto
também deve ser anexado à proposta mais antiga em tramitação
na Casa. Para que só seja votado o
projeto do Executivo, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha
(PT-SP), precisa dar um despacho determinando a medida.
Uma comissão especial para
analisar a proposta ajuda a agilizar a votação, pois evita o envio
do projeto a diferentes comissões.
Outro artifício é o regime de urgência, que dá à Câmara 45 dias
para analisar a proposta. Depois
disso, ela passa a trancar a pauta
da Casa. O mesmo prazo é dado
ao Senado. Tanto deputados como senadores podem mudar o
texto apresentado pelo Executivo.
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