São Paulo, sábado, 15 de maio de 2004

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Faculdades dos EUA não fixam vagas

DAS REGIONAIS

Nos Estados Unidos, não há uma porcentagem de negros predefinida para o ingresso em universidades. A prática é condenada pela Suprema Corte.
Já a ação afirmativa foi ratificada em 2003 pela instância judicial mais alta do país. Ela ganhou legitimidade jurídica após o caso Bakker, em 1978. Um aluno branco que tentou ingressar duas vezes no curso de medicina da Universidade da Califórnia contestou na Justiça os critérios de escolha, alegando que alunos negros com notas inferiores haviam obtido a vaga. O aluno, de sobrenome Bakker, perdeu a causa.
O fator racial -assim como o de gênero e o de classe econômica- é relevante na seleção. O candidato apresenta um histórico de notas, cartas de apresentação de professores, faz avaliações, escreve um ou dois ensaios e informa atividades extracurriculares.
A papelada chega ao departamento de admissão, que faz uma triagem inicial e depois escolhe os perfis buscados. O candidato não é obrigado a se identificar racialmente. No começo dos anos 70, diversas faculdades dos EUA passaram a adotar o critério racial.
A idéia é "reproduzir um mundo ideal, com diversidade", disse Jeffrey Lesser, diretor do Programa em Estudos Latino-Americanos da Universidade Emory, de Atlanta (sul dos EUA).
Ele disse que não há um temor de possíveis fraudes nem dúvidas em relação a quem é negro. Por isso não há necessidade de verificar a raça do candidato via fotografia. (DAYANNE MIKEVIS)


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