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Faculdades dos EUA não fixam vagas
DAS REGIONAIS
Nos Estados Unidos, não há
uma porcentagem de negros predefinida para o ingresso em universidades. A prática é condenada
pela Suprema Corte.
Já a ação afirmativa foi ratificada em 2003 pela instância judicial
mais alta do país. Ela ganhou legitimidade jurídica após o caso
Bakker, em 1978. Um aluno branco que tentou ingressar duas vezes no curso de medicina da Universidade da Califórnia contestou
na Justiça os critérios de escolha,
alegando que alunos negros com
notas inferiores haviam obtido a
vaga. O aluno, de sobrenome
Bakker, perdeu a causa.
O fator racial -assim como o
de gênero e o de classe econômica- é relevante na seleção. O
candidato apresenta um histórico
de notas, cartas de apresentação
de professores, faz avaliações, escreve um ou dois ensaios e informa atividades extracurriculares.
A papelada chega ao departamento de admissão, que faz uma
triagem inicial e depois escolhe os
perfis buscados. O candidato não
é obrigado a se identificar racialmente. No começo dos anos 70,
diversas faculdades dos EUA passaram a adotar o critério racial.
A idéia é "reproduzir um mundo ideal, com diversidade", disse
Jeffrey Lesser, diretor do Programa em Estudos Latino-Americanos da Universidade Emory, de
Atlanta (sul dos EUA).
Ele disse que não há um temor
de possíveis fraudes nem dúvidas
em relação a quem é negro. Por isso não há necessidade de verificar
a raça do candidato via fotografia.
(DAYANNE MIKEVIS)
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