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SAÚDE
Servidores decidiram encerrar greve e aguardar proposta do governo; médicos do HC de Ribeirão Preto mantêm paralisação
Hospitais não retomam atendimento em SP
DO "AGORA"
No primeiro dia útil depois que
os funcionários estaduais da saúde decidiram encerrar a greve iniciada em 10 de maio, os hospitais
do Estado registraram ontem
pouco movimento e atendimento
precário. Em algumas unidades,
como o Hospital Geral de Guaianazes, na zona leste da capital, e o
Hospital das Clínicas de Ribeirão
Preto (314 km de SP), o serviço
continuou igual ao da semana
passada: só emergências e pacientes já internados foram atendidos.
A aposentada Penha Gomes da
Silva, 57, não conseguiu atendimento no hospital de Guaianazes.
Há dois meses ela marcou uma
consulta, agendada para ontem,
com um cirurgião vascular. "Fiquei sabendo do fim da greve e
achei que seria atendida. Mas o
jeito é voltar para casa", lamentou. Ela foi orientada por funcionários do hospital a retornar amanhã e tentar remarcar a consulta.
O pedreiro Eurides Navarque,
66, faltou ao serviço para ir ao ortopedista, mas também perdeu a
viagem. "Vou ter de voltar."
Já no Hospital do Servidor Público Estadual e no Hospital Brigadeiro, ambos na capital, o atendimento foi normal. "Meu filho é
hemofílico e foi atendido normalmente, até pegou remédios para
levar para casa", contou o comerciante Antônio Fonseca, 59.
A assembléia em que a categoria
optou pelo fim da greve, na última
quarta-feira, definiu que os servidores ficam até amanhã em estado de greve. É um período de
transição para reorganizarem os
procedimentos médicos, retomando o serviço gradativamente.
A categoria reivindica 30% de aumento salarial, mas aceitou voltar
ao trabalho e aguardar uma proposta do governo estadual, que
será anunciada hoje, durante reunião de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Os servidores discutem em nova assembléia amanhã, às 10h, se
retomam ou não a greve.
Médicos mantêm greve
Os médicos-assistentes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto decidiram em assembléia ontem manter a greve. Na assembléia dos servidores, o clima foi
tenso, pois médicos e funcionários foram contra a suspensão.
Segundo Ulysses Strogoff de
Matos, diretor da AMAHC (Associação dos Médicos-Assistentes
do HC), os médicos só voltam a
trabalhar se o governo apresentar
uma proposta "real" de reajuste.
A presidente da Associação dos
Servidores do HC, Aimar Lúcia
Maria Finotti, diz que os servidores trabalharão hoje, mas nem todos os pacientes devem ser atendidos -há demanda acumulada.
Colaborou Regionais
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