São Paulo, sábado, 15 de julho de 2006

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Polícia prende 78 e mata 4 suspeitos

Somente ontem, 15 pessoas foram detidas em todo o Estado de São Paulo em ações envolvendo as polícias Civil e Militar

Segundo a PM, presos tinham materiais como galão de combustível e armas que poderiam ser usados em atentados

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

MARIANA CAMPOS
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Desde o início da segunda onda de ataques, 78 suspeitos foram presos e quatro morreram em confronto com a polícia. Todas as prisões e três das mortes constam dos registros da Polícia Militar e da Secretaria da Segurança Pública. A quarta morte não é reconhecida pelo governo. Somente ontem, 15 pessoas suspeitas foram presas em todo o Estado em ações envolvendo as polícias Civil e Militar.
A maioria das prisões aconteceu no interior do Estado, onde ficaram concentrados os ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital). As ações criminosas começaram na madrugada de quarta-feira, dia 12, e já resultam na morte de pelo menos oito pessoas. Foram atacados ônibus e órgãos públicos e privados.
Segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública, o último registro de prisão aconteceu no final da tarde de ontem, quando a Polícia Civil prendeu seis pessoas em Juquitiba -entre elas dois adolescentes-, acusados de jogar um dinamite na Câmara da cidade.
Durante o dia também foram presas duas pessoas em Ermelino Matarazzo, suspeitas de terem lançado uma bomba caseira em frente a uma delegacia, um rapaz acusado de ser o responsável por atear fogo em um ônibus na Vila Madalena, além de três pessoas em São Bernardo do Campo, suspeitas do incêndio contra três ônibus.
Já em Santos, outras três pessoas foram presas acusadas de participar do atentado a um ônibus em São Vicente (74 km de SP), que deixou três mulheres e uma criança feridas na noite de quarta-feira.
O garoto de dois anos e meio que teve rosto e braço queimados no ataque permanece internado em Santos. Ele será submetido, nos próximos dias, a uma cirurgia para enxerto de pele nas mãos.
Materiais inflamáveis
Segundo informações da PM, a maior parte das prisões foi de pessoas que portavam materiais inflamáveis e que poderiam ser utilizados em alguma ação criminosa, como galões de combustível, garrafas plásticas, armas e munições.
No município de Barrinha (353 km de São Paulo), por exemplo, nove foram presos no dia 12. Com eles a polícia encontrou várias garrafas com mais de 20 litros de gasolina e garrafas de coquetel molotov.
Segundo a polícia, eles são suspeitos de terem praticado atentados contra a casa de um PM, contra o prédio da prefeitura, contra o Conselho Tutelar e contra dois caminhões.


Colaboraram RACHEL AÑON, MARTHA ALVES E EDEVAL JÚNIOR , da Agência Folha


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