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Polícia prende 78 e mata 4 suspeitos
Somente ontem, 15 pessoas foram detidas em todo o Estado de São Paulo em ações envolvendo as polícias Civil e Militar
Segundo a PM, presos tinham materiais como galão de combustível e armas que poderiam ser usados em atentados
FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
MARIANA CAMPOS
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Desde o início da segunda
onda de ataques, 78 suspeitos
foram presos e quatro morreram em confronto com a polícia. Todas as prisões e três das
mortes constam dos registros
da Polícia Militar e da Secretaria da Segurança Pública. A
quarta morte não é reconhecida pelo governo.
Somente ontem, 15 pessoas
suspeitas foram presas em todo
o Estado em ações envolvendo
as polícias Civil e Militar.
A maioria das prisões aconteceu no interior do Estado, onde
ficaram concentrados os ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital). As
ações criminosas começaram
na madrugada de quarta-feira,
dia 12, e já resultam na morte
de pelo menos oito pessoas. Foram atacados ônibus e órgãos
públicos e privados.
Segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública, o último registro de prisão aconteceu no final da tarde de ontem,
quando a Polícia Civil prendeu
seis pessoas em Juquitiba -entre elas dois adolescentes-,
acusados de jogar um dinamite
na Câmara da cidade.
Durante o dia também foram
presas duas pessoas em Ermelino Matarazzo, suspeitas de terem lançado uma bomba caseira em frente a uma delegacia,
um rapaz acusado de ser o responsável por atear fogo em um
ônibus na Vila Madalena, além
de três pessoas em São Bernardo do Campo, suspeitas do incêndio contra três ônibus.
Já em Santos, outras três
pessoas foram presas acusadas
de participar do atentado a um
ônibus em São Vicente (74 km
de SP), que deixou três mulheres e uma criança feridas na
noite de quarta-feira.
O garoto de dois anos e meio
que teve rosto e braço queimados no ataque permanece internado em Santos.
Ele será submetido, nos próximos dias, a uma cirurgia para
enxerto de pele nas mãos.
Materiais inflamáveis
Segundo informações da PM,
a maior parte das prisões foi de
pessoas que portavam materiais inflamáveis e que poderiam ser utilizados em alguma
ação criminosa, como galões de
combustível, garrafas plásticas,
armas e munições.
No município de Barrinha
(353 km de São Paulo), por
exemplo, nove foram presos no
dia 12. Com eles a polícia encontrou várias garrafas com
mais de 20 litros de gasolina e
garrafas de coquetel molotov.
Segundo a polícia, eles são
suspeitos de terem praticado
atentados contra a casa de um
PM, contra o prédio da prefeitura, contra o Conselho Tutelar
e contra dois caminhões.
Colaboraram RACHEL AÑON, MARTHA ALVES
E EDEVAL JÚNIOR , da Agência Folha
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