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Bahia gasta só 21% da verba para polícia
Governador Jaques Wagner liberou no 1º semestre apenas R$ 46,3 mi dos R$ 217,3 mi previstos para policiamento neste ano
Em 2007 e 2008, governo deixou de gastar R$ 128 mi previstos para armas, carros e equipamentos; Secretaria da Segurança não comentou
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), liberou no
primeiro semestre apenas
R$ 46,3 milhões dos R$ 217,3
milhões previstos no Orçamento de 2009 para o policiamento
no Estado. O montante equivale a 21% do total dotado para
este ano.
Em 2007 e 2008, o governo
deixou de gastar outros R$ 128
milhões previstos para a área
de policiamento. Esse tipo de
recurso é gasto na compra de
armamentos, veículos e equipamentos para a polícia.
Na semana passada, uma facção criminosa reagiu à transferência de um chefe para um
presídio federal em Campo
Grande (MS) e realizou uma
onda de atentados a ônibus e a
postos da Polícia Militar em
Salvador. Os ataques duraram
seis dias.
O último deles foi registrado
pela polícia na tarde de sábado,
quando um agente penitenciário foi morto a tiros.
O crime revoltou os colegas
da vítima, que decidiram interromper as visitas aos detentos
numa colônia penal e num
complexo penitenciário.
Ônibus queimados
Até agora, dez suspeitos morreram em confrontos com policiais e outros 24 foram presos.
Onze pessoas ficaram feridas
-entre elas quatro policiais-,
16 ônibus foram queimados
e nove postos da PM ficaram
destruídos.
De acordo com dados da Secretaria da Fazenda do Estado,
o governo gastou 63,7% da dotação prevista para 2007. No
ano passado, foram usados 36%
da verba que deveria ser destinada -R$ 44,5 milhões dos
R$ 123,7 milhões previstos.
No mês passado, os PMs deram início a uma paralisação
que durou três dias e culminou
com dois arrastões em bairros
nobres de Salvador. Os policiais
reivindicavam a compra de carros e de coletes à prova de bala.
A reportagem entrou em
contato com a Secretaria da
Segurança Pública, mas o secretário César Nunes não foi
encontrado para falar sobre os
gastos da pasta. A assessoria de
imprensa da secretaria também não comentou o assunto
ontem.
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