São Paulo, terça-feira, 15 de setembro de 2009

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Bahia gasta só 21% da verba para polícia

Governador Jaques Wagner liberou no 1º semestre apenas R$ 46,3 mi dos R$ 217,3 mi previstos para policiamento neste ano

Em 2007 e 2008, governo deixou de gastar R$ 128 mi previstos para armas, carros e equipamentos; Secretaria da Segurança não comentou

MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), liberou no primeiro semestre apenas R$ 46,3 milhões dos R$ 217,3 milhões previstos no Orçamento de 2009 para o policiamento no Estado. O montante equivale a 21% do total dotado para este ano.
Em 2007 e 2008, o governo deixou de gastar outros R$ 128 milhões previstos para a área de policiamento. Esse tipo de recurso é gasto na compra de armamentos, veículos e equipamentos para a polícia.
Na semana passada, uma facção criminosa reagiu à transferência de um chefe para um presídio federal em Campo Grande (MS) e realizou uma onda de atentados a ônibus e a postos da Polícia Militar em Salvador. Os ataques duraram seis dias.
O último deles foi registrado pela polícia na tarde de sábado, quando um agente penitenciário foi morto a tiros.
O crime revoltou os colegas da vítima, que decidiram interromper as visitas aos detentos numa colônia penal e num complexo penitenciário.

Ônibus queimados
Até agora, dez suspeitos morreram em confrontos com policiais e outros 24 foram presos. Onze pessoas ficaram feridas -entre elas quatro policiais-, 16 ônibus foram queimados e nove postos da PM ficaram destruídos.
De acordo com dados da Secretaria da Fazenda do Estado, o governo gastou 63,7% da dotação prevista para 2007. No ano passado, foram usados 36% da verba que deveria ser destinada -R$ 44,5 milhões dos R$ 123,7 milhões previstos.
No mês passado, os PMs deram início a uma paralisação que durou três dias e culminou com dois arrastões em bairros nobres de Salvador. Os policiais reivindicavam a compra de carros e de coletes à prova de bala.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública, mas o secretário César Nunes não foi encontrado para falar sobre os gastos da pasta. A assessoria de imprensa da secretaria também não comentou o assunto ontem.


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