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Carreira começou aos 9, como modelo publicitário
da Reportagem Local
A carreira de Rafael Pereira começou quando ele tinha 9 anos.
Na época, era modelo publicitário
da agência Pritt, especializada em
contratar crianças.
"Ele era um menino muito inteligente e talentoso. Acabava sendo
escalado em 80% dos testes que fazia", diz Irany Marques Rosalino,
mais conhecida como tia Irany,
proprietária da agência.
Rafael, conta ela, chegou a fazer
parte do elenco de comerciais de
produtos de primeira linha, como
as canetas Bic e o cereal Neston.
O auge ocorreu a partir de 83
com o grupo Garotos da Cidade,
que acabou se transformando no
Polegar -iniciativa do apresentador de TV Gugu Liberato de criar
uma versão nacional do grupo infanto-juvenil Menudo, originário
de Porto Rico. "Rafael tinha uns
14 anos e era o mais assediado entre os meninos", diz Irany.
Os dois primeiros discos do Polegar (lançados em 89 e 90) venderam 600 mil cópias . "Logo na estréia, eles venderam 250 mil cópias. É um disco de platina. Não é
nada desprezível", afirma Maria
Izilda Bernardo, assessora de imprensa da gravadora Continental,
responsável pelos discos do grupo.
Mas, mais do que por sua participação no Polegar, Rafael ganhou
fama por ter conquistado e namorado Cristiana Oliveira, uma das
mais cobiçadas atrizes brasileiras
no início dos anos 90 e dez anos
mais velha do que ele -Rafael se
envolveu com a atriz aos 17.
Na época, Cristiana era a estrela
da novela "Pantanal", da TV
Manchete, e arrancava suspiros
dos homens por seu personagem,
a mulher-onça Juma Marruá.
"O namoro com Cristiana não
durou muito. Apesar da diferença
de idade, acho que eles se gostavam de verdade", conta Irany.
Encerrada a trajetória do Polegar, Rafael tentou uma carreira-solo que acabou não dando certo. Em 96, ele chegou a lançar um
CD. "Produzimos 2.000 cópias de
um "single' (disco com duas músicas). Era uma espécie de teste para saber como o mercado reagiria.
Uma música era romântica e a outra dançante", diz Nanci Gil, filha
do apresentador de TV Raul Gil e
produtora do disco.
"Tinha potencial para dar certo.
Em dois meses, já tinha vários
shows marcados", diz ela.
Apesar de relativamente
bem-sucedido, o relançamento de
Rafael foi abortado pelo próprio
cantor. "Ele disse que tinha uma
proposta melhor e nunca mais
soube dele", conta Nanci.
(MARTA AVANCINI)
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