São Paulo, terça, 15 de setembro de 1998

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Carreira começou aos 9, como modelo publicitário

da Reportagem Local

A carreira de Rafael Pereira começou quando ele tinha 9 anos. Na época, era modelo publicitário da agência Pritt, especializada em contratar crianças.
"Ele era um menino muito inteligente e talentoso. Acabava sendo escalado em 80% dos testes que fazia", diz Irany Marques Rosalino, mais conhecida como tia Irany, proprietária da agência.
Rafael, conta ela, chegou a fazer parte do elenco de comerciais de produtos de primeira linha, como as canetas Bic e o cereal Neston.
O auge ocorreu a partir de 83 com o grupo Garotos da Cidade, que acabou se transformando no Polegar -iniciativa do apresentador de TV Gugu Liberato de criar uma versão nacional do grupo infanto-juvenil Menudo, originário de Porto Rico. "Rafael tinha uns 14 anos e era o mais assediado entre os meninos", diz Irany.
Os dois primeiros discos do Polegar (lançados em 89 e 90) venderam 600 mil cópias . "Logo na estréia, eles venderam 250 mil cópias. É um disco de platina. Não é nada desprezível", afirma Maria Izilda Bernardo, assessora de imprensa da gravadora Continental, responsável pelos discos do grupo.
Mas, mais do que por sua participação no Polegar, Rafael ganhou fama por ter conquistado e namorado Cristiana Oliveira, uma das mais cobiçadas atrizes brasileiras no início dos anos 90 e dez anos mais velha do que ele -Rafael se envolveu com a atriz aos 17.
Na época, Cristiana era a estrela da novela "Pantanal", da TV Manchete, e arrancava suspiros dos homens por seu personagem, a mulher-onça Juma Marruá.
"O namoro com Cristiana não durou muito. Apesar da diferença de idade, acho que eles se gostavam de verdade", conta Irany.
Encerrada a trajetória do Polegar, Rafael tentou uma carreira-solo que acabou não dando certo. Em 96, ele chegou a lançar um CD. "Produzimos 2.000 cópias de um "single' (disco com duas músicas). Era uma espécie de teste para saber como o mercado reagiria. Uma música era romântica e a outra dançante", diz Nanci Gil, filha do apresentador de TV Raul Gil e produtora do disco.
"Tinha potencial para dar certo. Em dois meses, já tinha vários shows marcados", diz ela.
Apesar de relativamente bem-sucedido, o relançamento de Rafael foi abortado pelo próprio cantor. "Ele disse que tinha uma proposta melhor e nunca mais soube dele", conta Nanci. (MARTA AVANCINI)



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