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EDUCAÇÃO
Operação policial em campus da UFRJ encontrou 363 cópias de obras de química, física, arquitetura e engenharia
Polícia do Rio apreende livros falsificados
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
A Polícia Civil do Rio apreendeu
na manhã de ontem 363 livros falsificados na Faculdade de Engenharia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na ilha
do Fundão (zona norte).
Os livros, entre eles publicações
estrangeiras, foram encontrados
em lojas de fotocópia. As publicações eram copiadas e vendidas
por até 20% do valor original. Os
363 livros apreendidos representavam cópias de 150 obras.
A operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial foi resultado
de um informe passado anteontem pela Associação Brasileira para Proteção dos Direitos Editoriais e Artísticos, que reúne as 30
maiores editoras do país.
Em nota, a UFRJ informou ter
sido comunicada apenas informalmente sobre a ação policial no
campus. O procurador da universidade, Ronaldo Medeiros de Albuquerque, diz a nota, entrará em
contato com a polícia para se certificar dos fatos e tomar as providências necessárias.
Foi a terceira apreensão de livros falsificados em universidades do Rio, segundo a associação,
e a 87ª no país em dois anos.
Com a falsificação, as editoras
estimam um prejuízo de R$ 350
milhões por ano -o que corresponderia a 33% do faturamento.
De cada livro vendido, quatro são
copiados, informou a associação.
Em duas lojas localizadas no
prédio da faculdade de engenharia, os policiais acharam livros falsos de química, física, arquitetura
e engenharia, que custam nas lojas convencionais até R$ 200. As
cópias eram vendidas a R$ 27,50.
Segundo os policiais que participaram da ação, a reprodução
dos livros era feita com qualidade
muito próxima dos originais. As
obras falsificadas eram encadernadas em capa dura e em cores,
reproduzidas em scanner.
Os donos das lojas foram indiciados sob a acusação de violação
de direito autoral, cuja pena varia
de dois a quatro anos de prisão.
De acordo com a associação, a
última apreensão no Rio foi em
junho, quando a polícia descobriu
cem falsificações na Univercidade, campus Todos os Santos.
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