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São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 2003

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EDUCAÇÃO

Operação policial em campus da UFRJ encontrou 363 cópias de obras de química, física, arquitetura e engenharia

Polícia do Rio apreende livros falsificados

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Civil do Rio apreendeu na manhã de ontem 363 livros falsificados na Faculdade de Engenharia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na ilha do Fundão (zona norte).
Os livros, entre eles publicações estrangeiras, foram encontrados em lojas de fotocópia. As publicações eram copiadas e vendidas por até 20% do valor original. Os 363 livros apreendidos representavam cópias de 150 obras.
A operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial foi resultado de um informe passado anteontem pela Associação Brasileira para Proteção dos Direitos Editoriais e Artísticos, que reúne as 30 maiores editoras do país.
Em nota, a UFRJ informou ter sido comunicada apenas informalmente sobre a ação policial no campus. O procurador da universidade, Ronaldo Medeiros de Albuquerque, diz a nota, entrará em contato com a polícia para se certificar dos fatos e tomar as providências necessárias.
Foi a terceira apreensão de livros falsificados em universidades do Rio, segundo a associação, e a 87ª no país em dois anos.
Com a falsificação, as editoras estimam um prejuízo de R$ 350 milhões por ano -o que corresponderia a 33% do faturamento. De cada livro vendido, quatro são copiados, informou a associação.
Em duas lojas localizadas no prédio da faculdade de engenharia, os policiais acharam livros falsos de química, física, arquitetura e engenharia, que custam nas lojas convencionais até R$ 200. As cópias eram vendidas a R$ 27,50.
Segundo os policiais que participaram da ação, a reprodução dos livros era feita com qualidade muito próxima dos originais. As obras falsificadas eram encadernadas em capa dura e em cores, reproduzidas em scanner.
Os donos das lojas foram indiciados sob a acusação de violação de direito autoral, cuja pena varia de dois a quatro anos de prisão.
De acordo com a associação, a última apreensão no Rio foi em junho, quando a polícia descobriu cem falsificações na Univercidade, campus Todos os Santos.


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